Luena – A produção de próteses no Centro Regional Leste de Reabilitação Física baixou, em 2020, para 16 aparelhos, contra os 64 fabricados em 2019, soube-hoje a ANGOP.
A redução na produção de próteses, um diferencial de 48 equipamentos, deve-se à escassez de matéria-prima, dado ao facto desse Centro, sob tutela do Ministério da Saúde (MINSA) desde 2005, não ser uma unidade orçamentada, o que dificulta a aquisição dos meios necessários.
O Centro Regional de Reabilitação Física do Leste do país foi fundado em 1997 pela organização não-governamental Fundação dos Veteranos de Guerra do Vietname (VVAF, sigla em inglês) e passou ao Ministério da Saúde em 2005.
De acordo com o director-geral do Centro, Nilton Amaral Baio, as poucas próteses fabricadas em 2020 fazem parte do último remanescente de matéria-prima recebidas em Abril de 2019, aquando da inauguração do imóvel sanitário.
“Desde então passamos a receber apenas gesso calcinado que usamos para a fabricação do molde negativo para o molde positivo, a fim de termos a prótese, ou seja, o aparelho físico”, lamentou.
Nilton Baio espera, entretanto, pelo cumprimento da promessa dada pelas autoridades governamentais da possibilidade de o Centro vir a ser uma unidade orçamentada, ainda este ano.
Apesar das dificuldades, esta unidade especializada em reabilitar pessoas com necessidades físicas especiais, reparou, no ano passado, 134 próteses, produziu seis hortenses, efectuou fisioterapia a 652 pacientes (cerca de oito mil 565 sessões), menos 260 em comparação com 2019.
Das patologias mais frequentes constam contracturas, perda de equilíbrio (normalmente por causa de acidentes de viação) e sequelas resultantes de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Actualmente asseguram os serviços, no referido centro, 48 funcionários, dos quais, 19 técnicos entre enfermeiros, fitoterapeutas e ortoprotesistas, que diariamente atendem 60 pacientes.