Luanda – Equipas do Governo de Luanda e do Ministério da Saúde trabalharam este sábado nos hospitais dos municípios de Talatona, Cazenga, Cacuaco e distrito da Samba (Luanda) para interagir com pacientes, fiscalizar os métodos de funcionamento e a distribuição gratuita de medicamentos.
As equipas, chefiadas pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, e pela governadora, Ana Paula de Carvalho, visitaram os Hospitais Municipais de Cacuaco, Samba (Talatona), Cazenga e o Centro Materno Infantil da Samba, no município de Luanda.
No Hospital Municipal de Cacuaco, a equipa detectou constrangimentos relacionados com a distribuição de fármacos aos doentes internados e aos pacientes externos, que são aconselhados pelos técnicos a adquirir os medicamentos na parte externa da instituição.
Durante a visita constatou-se que o hospital tem dois armazéns com medicamentos essenciais, gastável e material de biossegurança, distribuídos na quarta-feira e na manhã deste sábado pelo Ministério da Saúde, mas mesmo assim os pacientes não são medicados alegadamente por falta de fármacos.
Com um atendimento diário de mais de 450 pessoas por dia, na sua maioria crianças, o hospital de Cacuaco tem um atendimento lento e enfrenta muitas dificuldades que vão desde os recursos humanos, realização de análises, saneamento, entre outros.
Segundo uma fonte da instituição, o hospital é muito pressionado por estar no meio de novos bairros onde não existem hospitais, razão pela qual mais de 100 camas das 150 encontram-se ocupadas.
No Centro Materno Infantil da Samba, a equipa constatou que o atendimento tem sido lento, obrigando os pacientes a esperar por horas para a triagem, tendo o Ministério da Saúde garantido o reforço da equipa médica.
O Hospital Municipal do Cazenga apresentou como constrangimento a falta de água corrente que leva a direcção da instituição a comprar cisternas para abastecer o local.
A directora, Nilsa Maria de Sousa, referiu que dos 150 leitos apenas nove estão ocupados devido a estratégia da administração municipal de trabalhar nas comunidades e serem encaminhados para o hospital apenas os doentes em estado grave.
A responsável referiu que o hospital, que atende em média/dia 450 pacientes, recebeu um reforço de medicamentos do Ministério da Saúde com fármacos essenciais, gastáveis e material de biossegurança, para as urgências e também para os internados.
No Hospital Municipal de Talatona, o director Domingos Jacinto referiu que a instituição também foi agraciada com uma quantidade significativa de medicamentos essenciais, principalmente anti malaricos e material gastável, que hospital já tinha em pouca quantidade, e os testes rápidos de malária.
“Nas urgências surgem em média 500 pacientes/dia para serem atendidos por três médicos, o que tem sido uma das grandes dificuldades. Pretendemos aplicar a testagem rápida de malária, pois a maior parte dos utentes se apresenta com síndrome febril, a realização destes testes vão tornar o atendimento mais célere”, referiu.
Enquanto decorre a greve dos médicos, o atendimento nos Hospitais Municipais de Cacuaco, Cazenga, Talatona e Centro Materno Infantil da Samba está ser assegurado, no Banco de Urgência por médicos, enquanto os doentes de outras áreas estão a ser assistidos por técnicos de enfermagem e de diagnóstico terapeuta.