Lubango – Cento e 87 enfermeiros licenciados das províncias da Huíla e do Namibe começam a ser especializados em saúde comunitária, medicina cirúrgica, anestesia e reanimação, puericultura e pediatria, saúde materna e neo-natal, já a partir de Março próximo.
Trata-se de enfermeiros admitidos no exame de acesso aos cursos de especialização nas áreas acima referenciadas, em Dezembro de 2024, em que concorreram 249 profissionais, 194 foram admitidos, mas apenas 187 realizara a matrícula.
O critério para selecção dos candidatos é a licenciatura e foram escolhidos em função dos serviços abertos nas unidades sanitárias onde foram realizados os exames.
A especialidade de enfermagem-geral faz parte de um projecto do Ministério da Saúde, com financiamento de 200 mil dólares do Banco Mundial, 175 milhões estão voltados à formação, segundo a chefe do departamento de Estatística, Planeamento e Recursos Humanos do Gabinete provincial de Saúde da Huíla, Elisabeth José.
Em declarações à ANGOP, Elisabeth José realçou que o foco é formação emergencial de enfermeiros nos hospitais, com o suporte de 160 docentes, entre nacionais, brasileiros e portugueses, pois a meta é, até 2028, formar nove mil enfermeiros em várias áreas de especialização.
Explicou que para estas especialidades, o Ministério da Saúde está a investir entre oito a dez milhões de kwanzas para cada formando, contando com a contracção de docentes, na sua maioria estrangeiros.
“O arranque da formação de especialização está previsto para o dia dez de Março, temos tudo preparado, será ministrada no hospital Central do Lubango, Dr. António Agostinho Neto e terá a duração de 48 meses”, sustentou.
No primeiro ano de formação, conforme a fonte, todos os formandos farão um tronco comum e no segundo serão distribuídos por cursos e cada um fará o currículo de acordo com a especialização que escolheu.
Este é um projecto que visa a cobertura universal de saúde em Angola que contou com o financiamento do Banco Mundial e teve o seu arranque em Fevereiro de 2024, tem como objectivo capacitar, especializar ao todo 38 mil profissionais do serviço nacional de saúde até 2028, sendo três mil médicos em formação especializada pós-graduada.
O país conta com o registo no SIGA RH, do Ministério da Saúde, com pelo menos seis mil enfermeiros licenciados, quatro mil e 400 médicos internos e continua a trabalhar para a inserção de profissionais no sistema. BP/MS