Cuito - Mais de 100 mulheres da província do Bié e de outras regiões, com realce para Moxico, foram cadastradas para a 10ª campanha de operações à fístula obstétrica, iniciada esta segunda-feira, no Hospital Walter Strangway.
A informação foi prestada pela chefe da maternidade dessa unidade hospitalar, Filipa Amaral, em declarações à imprensa, tendo assegurado a criação de condições necessárias para o início da campanha, que irá terminar no próximo dia 22, com uma média de operações de 10 a 12 mulheres por dia.
Para o êxito da mesma, a responsável disse que, à semelhança das edições anteriores, a actual conta também, para além dos profissionais da instituição, com o envolvimento de especialistas vindos de Luanda, num total de nove, entre gineco obstetras, anestesistas e instrumentistas.
Filipa Amaral afirmou, por outro lado, que as inscrições para o cadastramento poderão continuar, tendo, por isso, apelado às mulheres que padecem da doença para afluírem à unidade hospitalar, de modo a se beneficiarem das cirúrgicas e melhorarem a sua condição de saúde.
Já em termos de medidas preventivas, aconselhou as mulheres a se absterem de gravidezes precoces, por ser uma das causas da fístula obstétrica, assim como a frequentarem, de forma regular, as consultas pré-natais.
Nas nove primeiras campanhas realizadas no Hospital Walter Strangway, inaugurado em 2020, foram operadas perto de mil mulheres de diversas províncias do país.
As campanhas de cirurgias de fístula obstétrica visam ajudar as mulheres que padecem da doença a reconstruírem as suas vidas.
A fístula obstétrica é uma ruptura no canal vaginal que causa incontinência urinária. É uma das lesões causado por partos prolongados e com obstrução, sem acesso a tratamento médico oportuno e de alta qualidade. Muitas mulheres sofrem com exclusão social por sofreram desta doença.VKY/PLB