Luena – Oitenta e seis pessoas morreram vítima de VIH/Sida na província do Moxico, durante o primeiro trimestre de 2021, na sua maioria por abandonar o tratamento convencional para o tradicional.
Esse tabu, associado a outras práticas culturais, causou o incremento de mortes, para mais 68 casos em comparação com o igual período de 2020.
Em declarações hoje, sexta-feira, à ANGOP, a supervisora do programa provincial de VIH/SIDA, no Moxico, Clotilde William, lamentou o facto de haver ainda pessoas que acreditam que a SIDA não existe, e alegam ser práticas de feitiçarias.
Disse que nesse período, a nível da província, foram registadas 263 novos casos positivos de VIH/Sida, menos 304 em comparação com o igual período anterior, entre quatro mil 728 utentes testados nas distintas unidades sanitárias.
Informou ainda que no mesmo período 40 crianças nasceram livres do VIH/Sida, mais 12 em comparação com o ano anterior, entre as 89 grávidas testadas positivo, e 75 destas aderiram ao tratamento.
De igual modo, a província está há dois meses sem testes de VIH/SIDA, bem como a ruptura de medicamento do “esquema preferencial” para acudir as necessidades da província.
O programa de luta contra a SIDA controla mais de nove mil pessoas vivendo com a doença.