Luanda - Com a inclusão no grupo prioritário do programa nacional de vacinação, as mulheres grávidas e puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto), por constituírem um grupo de risco, devem recorrer aos postos de saúde para garantir protecção e imunidade contra a Covid-19, afirmou, esta sexta-feira, em Luanda, a coordenadora do centro de vacinação em Luanda, Felismina Neto.
Segundo a responsável, que falava à ANGOP sobre o processo de vacinação, as mulheres grávidas, principalmente com comorbidades, estão mais vulneráveis a adquirir infecções, sobretudo próximo do terceiro trimestre da gestação, desenvolvendo assim a forma mais grave do coronavírus, por terem o sistema imunológico mais comprometido.
Felismina Neto disse que, além de sofrerem todas as alterações fisiológicas da gravidez, as doenças crónicas aumentam a fragilidade do sistema imunológico, dai a necessidade de garantirem a máxima protecção e imunidade contra esta doença.
Referiu que ainda se regista uma fraca adesão na procura da vacina por parte das gestantes e puérperas, aconselhando-as a procurarem os postos de vacinação para a toma das duas doses da vacina, para evitarem riscos caso não sejam imunizadas.
As grávidas, mencionou, correm maior risco de morte caso sejam infectadas pelo coronavírus durante a gestação, por isso estão enquadradas no grupo de risco.
Segundo a fonte, ainda não há evidências de que uma das vacinas contra a Covid-19 tenha efeitos negativos sobre a gravidez.
A vacinação deste grupo está a ser facilitada, exigindo-se apenas o comprovativo da gestação ou do nascimento do bebe.
A responsável lembra ainda que a vacinação das gestantes e puérperas significa protecção para a mãe e para os filhos. “Toda a protecção que o recém- nascido precisa nos primeiros meses de vida virá da vacina recebida pela mãe, por isso é importante receberem este líquido precioso”, reforçou.
Enfatizou que as gestantes precisam receber as vacinas que não contenham vetor viral, como os imunizantes da Pfizer e da Astrazeneca, ressaltando a necessidade de as grávidas terem em atenção o tipo de vacina que tomarem para, após o intervalo mínimo de 21 dias, voltarem a repetir o mesmo tipo de vacina.
Segundo Felismina Neto, alguns estudos concluíram que mães vacinadas após receber as duas doses contra a Covid-19 podem produzir leite com anticorpos contra o vírus.
Explica que somente depois que se comprovou que as gestantes têm maior risco de desenvolver a forma grave da Covid-19, ter filhos prematuros e de até morrer por complicações da doença é que se chegou a conclusão de que o beneficio da vacina era maior que o risco de contrair o coronavírus na gestação.
“Muitas mulheres grávidas entendem que é importante tomar a vacina, mas entre elas ainda existe as que não têm a certeza se querem ser imunizadas durante a gestação”, frisou.
Para as gestantes Yolanda Sousa e Paula Almeida, o maior medo é contraírem o coronavírus grávido, razão pela qual decidiram apanhar a vacina.
“Não temos receios nenhuns e estamos muito satisfeitas por tomarmos já as duas doses. Aconselhamos a todas a fazê-lo,“ exortaram.
Para a gestante Gabriela Souto, de 34 anos, a sua profissão (assistente do supermercado ) acarreta muitos riscos por estar exposta ao público, daí a necessidade de apanhar, com alguma urgência, a vacina.
Gabriela Souto garante que não teve nenhuma recção adversa a medicação.