Luanda – Quatro mil testes rápidos de Covid-19, trezentas mil máscaras tipo II cirúrgicas, 30 mil máscaras tipo II R, 44 mil KN95 e mil toucas descartáveis foram entregues nesta segunda-feira, à ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, pela chefe da Delegação da União Europeia em Angola, Jeannette Seppen.
Fazem parte também da oferta 100 mil protectores descartáveis para sapatos, oito mil luvas descartáveis em vinil, 950 óculos de protecção, 15 mil viseiras, 475 fatos de protecção de Nível I e igual número de protecção de Nível III.
Na ocasião, a ministra da Saúde Sílvia Lutukuta referiu estar-se a atravessar um momento ímpar na história da humanidade, com a pandemia da Covid-19, e para prestar melhor serviço e proteger os profissionais e todos aqueles que trabalha na linha da frente não é possível sem ter o equipamento de biossegurança adequado.
Considerou tratar-se de um reforço que vai ajudar na prevenção dos pacientes, mas também a enfrentar o desafio que se avizinha, designadamente a campanha de vacinação nacional contra esse vírus invisível.
“Continuamos a contar com o apoio incondicional da União Europeia, não só nesta fase da Covid-19, mas em todos os outros projectos por se executar para o sector da Saúde”, sublinhou a ministra, enfatizando que Angola e a UE nutrem relações de longa data, e que este organismo tem prestado formação de Recursos Humanos do projecto Pase II.
Quanto à vacinação contra a Covid-19, a ministra explicou que tem três etapas, sendo que na primeira estarão disponíveis 12 milhões de doses de vacinas, uma doação da COVAX para beneficiar apenas seis milhões de pessoas, dentro das prioridades já definidas.
Neste contexto, adiantou que os privilegiados são os profissionais da linha de frente, ligados à Saúde, Policia Nacional e Forças Armadas, com idade avançada e com um nível de exposição muito grande. “Depois vêm outras fases, e tem um projecto ambicioso que precisa uma grande mobilização de recursos. Estão a trabalhar nisto”, destacou.
Por sua vez, o ministro da Economia e Planeamento e Ordenador Nacional do Fundo Europeu para o Desenvolvimento, Sérgio dos Santos, agradeceu a solidariedade da EU, salientando que os meios recebidos vão ajudar a proteger a vida da população, que deve se cuidar para evitar a contaminação.
Já a chefe da Delegação da União Europeia em Angola, Jeannette Seppen, explicou que o material faz parte de um pacote de medidas de alívio da EU, que está a apoiar o país na luta contra a pandemia, com cobertura em diferentes sectores.
Explicou que no âmbito médico, para além do material de biossegurança que está a ser entregue, o Banco de Investimento vai conceder um empréstimo de 50 milhões de euros ao ministério da Saúde que será combinado com uma doação de cinco milhões de euros para assistência técnica.
No âmbito da pesquisa e nutrição, a chefe da Delegação da União Europeia em Angola disse que foi concedida uma subvenção de seis milhões de euros para as províncias do Cunene, Namibe e Huíla, enquanto para ajuda humanitária, o serviço humanitário da UE fez uma doação de três milhões.
O material de biossegurança que Angola recebeu hoje da UE está avaliado em 378 mil 179 Euros.