Menongue - O director do Hospital-Geral do Cuando Cubango, Fernando Cassanga, mais quatro outros funcionários da instituição, encontram-se detidos por suspeita de prática de crimes de peculato, tráfico de influência e recebimento indevido de vantagens desde 2020 até ao presente ano.
A confirmação foi feita esta segunda-feira, em Menongue, pelo Procurador da República no Cuando Cubango, Airoso Silivondela, avançando que a detenção, sucedida através de denúncia pública, ocorreu em datas diferentes, datando já há mais de duas semanas.
Os detidos, que já prestaram o primeiro interrogatório com o juiz de garantia, têm indícios fortes de terem ainda praticado crimes de participação económica em negócios, associação criminosa e branqueamento de capitais.
Para além do director do Hospital-Geral do Cuando Cubango, confirmou o Procurador da República naquela província, encontram-se detidos o director administrativo, Ernesto Jaime, o chefe de secção de contabilidade e finanças, Augusto Samba, o chefe de departamento de contabilidade e a responsável pela farmácia da unidade sanitária de referência.
Sem entrar em detalhes, o procurador admitiu haver também outros processos que envolvem gestores públicos da província do Cuando Cubango, tendo apelado ao respeito pela coisa pública, primando pela lei acima de tudo, para que os dirigentes pratiquem actos na legalidade.
Igualmente solicitou da população no sentido de evitar a disseminação de imagens, nas redes sociais, ligadas a este processo em curso, com dados que não reflectem a actividade da Procuradoria da República, muito menos do Serviço de Investigação Criminal. ALK/FF/PLB