Ondjiva- O soba grande da comuna de Oshimolo, município do Cuanhama, província do Cunene, Eugénio Mandume, solicitou, está quinta-feira, à conclusão do centro de saúde da povoação de Ondova, cujas obras encontram-se paralisadas desde 2017.
A infra-estrutura, com capacidade de 30 camas, enquadra-se no âmbito do Programa de Investimentos Público de 2014,orçadas em mais de 324 milhões de kwanzas.
Em declaração à ANGOP, sublinhou a necessidade da conclusão do projecto com urgência, uma vez que o mesmo foi concebido para atender não só as comunidades do Oshimolo, mas também as do Nehone e Evale.
Eugénio Mandume manifestou-se indignado com a paralisação dos trabalhos, ressaltando que a capacidade instalada na unidade hospitalar deveria aproximar os serviços de saúde das comunidades locais.
Actualmente, lembrou, a região dispõe apenas de dois centros e quatro postos de saúde, cuja capacidade instalada não atende a demanda populacional, obrigando muitos doentes a deslocar-se 87 quilómetros até Ondjiva para atendimento médico.
“Daqui para sede da província são mais de 80 quilómetros e a comuna não dispõe de uma ambulância para evacuação de doentes", sustentou.
O empreiteiro da obra, Francisco Lumbamba, justificou a falta de liquidação como razões que motivaram a paralisação dos trabalhos.
Por seu turno, o chefe de secção de Planeamento e Estatística da administração municipal do Cuanhama, Osório Chihepo, disse que o projecto foi encaixado no âmbito do Acordo do Diferencial de Petróleo para 2023, com um orçamento de 144 milhões, quatro mil kwanzas e 705 kwanzas e 12 cêntimos para sua conclusão.
Disse que o dossier contratual encontra-se actualmente na Direcção Nacional de Investimentos Públicos ( DINIP) para validação dos contratos , para posterior o arranque da empreitada .
O responsável explicou que o projecto era da alçada do governo da província e foi transferido à administração municipal em finais de 2021.
Fez saber que antes da paralisação, as obras apresentavam uma execução física acima dos 70 por cento, mas devido aos actos de vandalização, actualmente os trabalhos estão a volta de 53 por cento de execução física.
Nesta senda, sublinhou ser necessário a reposição das portas e algumas janelas, recolocação das peças cerâmicas e outros materiais ligados ao acabamento, uma vez que, do ponto de vista de alvenaria encontra-se concluída.
Com uma superfície territorial de cinco mil 694 quilómetros quadrados, a comuna do Oshimolo situa-se 176 quilómetros do extremo leste do município do Cuanhama, está dividido por seis povoações, contando com 16 mil 823 habitantes.FI/LHE/ART