Chicomba - Mais de 30 médicos especializados e 50 técnicos superiores de enfermagem são necessários para se colmatar o défice de profissionais no município de Chicomba (Huíla), e garantir-se assistência sanitária mais humanizada.
Trata-se de médicos especializados em cirurgia, clínica-geral e obstetrícia, para trabalharem nas 17 unidades sanitárias existentes no município, para atender um universo de 168 mil 114 habitantes.
Actualmente, o sector local da saúde tem controlado 139 profissionais de saúde, destes 11 são médicos e 60 enfermeiros, os restantes são pessoal de apoio hospitalar e administrativos, destacados nas comunas sede (Chicomba), Quê e Cutenda.
Em declarações à ANGOP hoje, quarta-feira, nesta circunscrição, o director municipal da Saúde, Levy Gomes, afirmou que a necessidade dos novos quadros é urgente, atendendo ao fluxo de doentes que aparecem nas unidades sanitárias.
Fez saber que em 2019 foram admitidos 20 enfermeiros (técnicos básicos) e mais cinco médicos nacionais formados em Cuba, número considerado irrisório a julgar pela quantidade de centros médicos e postos de saúde instalados no município.
Reagindo sobre o assunto, a directora do Gabinete Provincial da Saúde na Huíla, Luciana Guimarães, declarou que na quota de 68 médicos destinados à província, no quadro do concurso público, uma fasquia vai ser admitida para cobrir o défice do município, bem como de técnicos superiores em enfermagem-geral.
Lembrou que a necessidade da falta de médicos para a província é “enorme”, devido ao crescimento populacional e das infra-estruturas sanitárias construídas no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e do Programa de Investimentos Públicos (PIP) para uma população estimada em mais de três milhões de habitantes.
A responsável salientou estarem a desdobra-se para aliviar a ruptura de médicos, trabalhando igualmente com médicos estagiários, formados na Faculdade de Medicina da Universidade Mandume Ya Ndemufayo (UMN).
O município de Chicomba dista 220 quilómetros a norte do Lubango.