Caxito – A província do Bengo registou 388 mil 128 casos de malária, em 2023, um aumento de 62 mil 59 casos, comparativamente ao ano anterior em que foram notificados 326 mil 69 casos.
Estes casos foram registados em distintas unidades sanitárias da província e resultaram em 431 mortes (mais 77) em relação ao ano de 2022.
O débil saneamento, a desobediência às recomendações médicas sobre a higienização e o uso incorrecto do mosquiteiro impregnado com insecticida foram apontados pelo director do Gabinete provincial da Saúde, Domingos Golão, como as principais causas do aumento da doença.
O município do Dande, com 198.791 casos e Nambuangongo com 50.041 são as circunscrições mais endémicas da região, revelou à ANGOP.
No âmbito do programa de combate à malária, informou, o sector procedeu, em 2023, à distribuição de três mil 464 mosquiteiros impregnados com insecticida de longa duração às mulheres grávidas, crianças menores de 5 anos e outros beneficiários.
Neste período dez mil 185 pessoas receberam tratamento com Coartem, dos quais três mil 562 menores de cinco anos e seis mil 623 crianças com mais de cinco anos de idade.
Para controlar a situação epidemiológica a instituição realiza palestras, campanhas de sensibilização sobre a prevenção da doença, a distribuição de mosquiteiros, a pulverização e a fumigação intra e extra domiciliar.
Na sua opinião as medidas de prevenção podem ser individuais ou colectivas, mas é necessário desenvolver acções junto das comunidades para melhorar o saneamento básico, eliminar os focos de lixos e as águas paradas para combater a doença.
A província do Bengo tem uma rede sanitária constituída por seis hospitais municipais, três gerais, 22 centros de saúde, um materno infantil e 73 postos de saúde. FS/CJ/IF