Malanje- Trezentos e 79 mil 810 casos de malária foram registados em Malanje, durante o primeiro semestre deste ano, representando um aumento de 33 mil 561 ocorrências, em relação ao período homólogo de 2022.
Deste número, 366 mil 242 são provenientes das unidades sanitárias e seis mil 881 são origem das comunidades, assistidos por Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário (ADECOS).
A informação foi prestada hoje, quinta-feira, à ANGOP, pelo supervisor do Programa Provincial de Luta contra a Malária em Malanje, Hienor Pedro Canda, referindo que 11 mil 483 casos evoluíram para malária complicada.
Durante o período em referência, realçou, houve o registo de 284 mortes, menos 29 que no ano transacto.
Apontou os municípios de Malanje, Calandula e Cacuso como sendo os de maior prevalência da doença, acrescentando que para se travar a tendência de aumento de casos, foram reactivadas as brigadas anti-larval dos municípios e reforçada a aquisição de material para o tratamento dos vectores, bem como a sensibilização da população para adesão das medidas preventivas.
Por outro lado, Hienor Canda disse estar ainda em forja um projecto sobre uso de mosquiteiros, consubstanciado da sensibilização e incutir nas famílias a cultura do seu uso frequente e correcto.
Explicou que este ano não houve entrega massiva de mosquiteiros impregnados com insecticida, devido a factores de vária ordem, mas a distribuição gratuita continua a ser feita apenas à menores de cinco anos e mulheres durante as consultas de rotina.
A Malária é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pela picada da fêmea do mosquito anopheles infectada por plasmodium.
A sua prevenção passa pelo uso de mosquiteiros e repelentes, bem como combate às larvas dos mosquitos e outras práticas de saneamento básico.
Os sintomas mais comuns são o calafrio, febre, dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e em alguns casos o delírio. ACC/NC