Ondjiva - Doze casos de lepra foram notificados no ano de 2024, pelas autoridades sanitárias da província do Cunene, contra os seis do período transacto, informou esta terça-feira o chefe de Departamento de Saúde Pública e Controlo a Endemias do Gabinete da Saúde no Cunene, Félix Satiohamba.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Mundial de Combate à Lepra, assinalado a 26 de Janeiro, frisou que no período em causa nove pessoas ficaram curadas da doença e 11 encontram-se em tratamento domiciliar.
Fez saber que o novo protocolo de tratamento, indica que o doente com lepra deve recorrer às unidades sanitárias para receber os fármacos, uma vez que não há risco de contaminação quando se está em tratamento.
Disse que a melhor forma de prevenção da doença é o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, com busca activa de casos nas comunidades.
“É fundamental que as comunidades colaborem em caso de notificação de sintomas como manchas e pele seca, fazer chegar o mais rápido possível, a fim de evitar sequelas como deformidade nas mãos, pés e cegueira”, sustentou.
Félix Satiohamba esclareceu que a província dispõe de duas leprosarias (Oifidi e do Chiulo), onde encontram-se pessoas com sequelas devido a situação da discriminação nas famílias e próprias comunidades.
As pessoas acometidas com a doença sofre de estigma e discriminação, dai a necessidade das acções de rastreio nas comunidades para encontrar pessoas com sinais da doença e começar o tratamento cujo período vai de seis meses a um ano e meio.
O Dia Mundial de Combate à Lepra celebra-se no último domingo de Janeiro, em honra a Mahatma Gandhi, da índia, falecido nesta data, que afirmou “a lepra é o único trabalho que não conseguimos completar na sua vida”.
A data foi instituída em 1954, pela Organização das Nações Unidas (ONU) a pedido de Raoul Follereau, apóstolo dos leprosos do século XX.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos anos surgem entre 400 a 500 mil novos casos de lepra no mundo.FI/LHE/SEC