Lubango - Oitenta casos de cancro foram diagnosticados em hospitais da Huíla, no primeiro trimestre deste ano, com destaque para o da próstata, com 36, e o uterino com 17.
A situação preocupa os profissionais da saúde, que alertam para os factores de risco e para a necessidade do rastreio precoce, assinalando um aumento de 27 casos, comparativamente ao igual período de 2021.
Em declarações à ANGOP, a coordenadora do projecto do registo da doença, Eliane Muacthissingui, fez saber que os dados foram obtidos nos hospitais pediátrico do Lubango “Pioneiro Zeca”, maternidade “Irene Neto”, clínica do Cristo Rei e “Agostinho Neto”.
Actualmente, segundo a fonte, são 42 casos do sexo masculino e 38 do feminino, aguardando resultado de exames conclusivos para localização morfológica, que aferirá o comportamento do cancro, se é benigno ou maligno.
Fez saber que até agora o diagnóstico que mais aparece é o cancro da próstata e em segundo lugar está o do útero, afectando pessoas entre os 20 e 59 anos. Há igualmente o registo de casos de cancro do abdómen, do cérebro e da mama.
Eliane Muatchissingui alerta à população a procurar os hospitais para fazer o rastreio da doença e facilitar o tratamento, pois muitos dos pacientes chegam em fase “muito” avançada da doença.
Por sua vez, o médico urologista do hospital Central do Lubango, Domingos Sacato, defende mais informação da população de modo a conhecer as manifestações clínicas do cancro e antecipar o tratamento.
Admitiu que ainda falta alguma informação na população sobre o assunto, um défice que pode ser superado com serviços de promoção de saúde.