Luanda - Mais de dois mil pacientes que se encontram nas listas de espera para serem operados começam, a partir de terça-feira, a ser atendidos nas províncias de Luanda e Bié, no âmbito de uma campanha massiva de cirurgias promovida pelo Ministério da Saúde.
O secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, ao falar em conferência de imprensa, disse que a campanha de cirurgias terá duração de um mês e as patologias a ser atendidas são as hérnias, tanto em adultos como em crianças, fístulas obstétricas e miomas ulcerinas.
Na lista de atendimento consta também os casos de lábio leporino e fenda do palato, hidrocefalia e encerramento de ileostomia ou colostomia, também em crianças e adultos.
Leonardo Inocêncio explicou que foram seleccionadas oito unidades sanitárias de nível terciário, que durante um mês estarão disponíveis para realizar diariamente cirurgias das referidas patologias.
O responsável frisou que estão envolvidos nessa campanha massiva cerca de 200 médicos.
No caso específico da província do Bié, Leonardo Inocêncio disse que apenas serão feitas cirurgias aos lábios leporinos e fenda do palato no Hospital Dr Walter Strangway.
No Hospital Pediátrico de Luanda, prosseguiu, vão ser realizadas cirurgias às hérnias pediátricas e ao encerramento de ileostomia ou colostomia que é uma patologia causada por má formação do reto-anal.
Já no Hospital Geral de Luanda vão ser operados pacientes com cataratas e hérnias, enquanto no Hospital Américo Boavida serão intervencionadas pessoas com problemas de urologia.
Em relação ao Complexo Hospitalar de Doenças Cardiovasculares, Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, Leonardo Inocêncio disse que vão ser operadas crianças com problemas de hidrocefalia, patologia anteriormente tratada apenas pela Pediatria de Luanda e pelo Hospital de Hidrocefalia, localizado no bairro do Benfica.
As doentes que padecem de fístulas obstétricas e miomas ulcerinas vão encontrar a solução na Maternidade Lucrécia Paim e no Hospital Materno Infantil Dr. Azancote de Menezes.
De acordo o responsável, o objetivo da campanha massiva de cirurgias é reduzir o número de pacientes em listas de espera, sendo que está apenas na primeira fase, pois a segunda fase vai abranger as províncias de Cabinda e da Huíla.