Benguela - O Departamento Provincial de Saúde Pública de Benguela registou, no primeiro semestre deste ano, dois casos de raiva que resultaram em óbito, soube hoje, quarta-feira, a ANGOP.
A informação foi avançada pelo supervisor do referido departamento, Faustino Vinte, que falava por ocasião do Dia Mundial de Luta contra Raiva, que hoje se assinala.
Sem avançar qualquer dado comparativo, fez saber que os dois casos foram registados nos municípios do Cubal e da Baía-Farta.
O supervisor fez saber ainda que, no período em referência, foram igualmente registados 3.498 casos de mordedura canina, sendo os municípios de Benguela com 1.787 casos, 605 no Lobito e 224 na Catumbela, respectivamente, os mais visados.
Para Faustino Vinte, o elevado número de casos de mordedura canina deve-se a quantidade exagerada de cães vadios nas ruas a nível da província.
O supervisor considerou a situação bastante preocupante, cuja responsabilidade não deve ser apenas do Estado, mas de toda a sociedade, daí a realização de constantes palestras e campanhas no sentido de aconselhar os cidadãos sobre os cuidados a terem com os animais.
Aproveitou a ocasião para apelar a população que, em caso de mordedura canina, deve-se lavar a ferida com água corrente e sabão azul, de forma demorada, e posteriormente procurar as unidades sanitárias para apanhar a vacina contra o tétano.
O responsável frisou que os casos de raiva difícilmente acontecem e na província de Benguela, eles não são bastante preocupantes.
Por outro lado, e sem avançar a quantidade existente de vacinas, garantiu que o stock local dispõe de vacinas e soros, mas em poucas quantidades.
Lobito realiza campanha de vacinação contra raiva
Oitenta e dois caninos foram vacinados esta quarta-feira no Lobito (Benguela), durante uma campanha de vacinação enquadrada no Dia Mundial da Luta contra a Raiva.
Falando à ANGOP, o técnico da Repartição Municipal do Insituto de Serviços de Veterinária do Lobito, Artur Quarta, considerou que os munícipes estão conscientes da importância da vacinação dos animais, apesar de não terem aparecido gatos e macacos.
“A Repartição tem vacinado uma média mensal de acima de cem animais”, salientou o técnico.
Artur Quarta informou que este ano não houve registo de mortes causadas por mordedura de animais com raiva, no município do Lobito.
Quanto ao stock de vacinas, disse não haver constrangimentos porque o Departamento Provincial de Saúde providencia duas mil unidades de “Cavnac R”, de cada vez, e quando terminar, volta a fornecer a mesma quantidade.
Apelou aos utentes para que vacinem os seus animais regularmente, para evitar mordeduras aos humanos, o que pode levar à morte.
A raiva é uma doença causada por um vírus que infecta animais domésticos e selvagens, e se transmite às pessoas pelo contacto com a saliva infectada, através de mordidas ou arranhões.
Os cães são os principais transmissores da raiva às pessoas e a doença chega a ser fatal em quase cem por cento dos casos.
O Dia Mundial de Luta contra a Raiva, celebrado a 28 de Setembro, foi escolhido em homenagem ao cientista químico e bacteriologista francês Louis Pasteur, que produziu a primeira vacina contra a raiva.
O dia foi promovido pela Aliança Global para o Controle da Raiva, com o fim de criar consciência sobre as suas consequências no homem e no animal, e explicar a maneira de preveni-la.