Benguela – Onze casos de conjuntivite hemorrágica foram notificados na província de Benguela, desde o dia 2 de Março, informaram, esta quinta-feira, as autoridades sanitárias locais.
A conjuntivite hemorrágica e epidérmica, que afecta algumas regiões do país, principalmente Luanda, é a inflamação da membrana transparente que reveste interiormente o olho.
A doença tem como sinais olhos avermelhados e inflamados, sensação de areia e sensibilidade anormal à luz.
Segundo o director clínico do Centro Oftalmológico de Benguela, Ernesto Ussengue, que apresentou os dados à imprensa esta quinta-feira, os casos registados são provenientes de outras províncias do país, nomeadamente Luanda, Huíla, Cunene e Lunda-Sul.
Deu a conhecer que os três primeiros casos de conjuntivite hemorrágica em Benguela foram notificados no dia 2 de Março, durante um acampamento religioso no novo parque de Campismo, nos arredores da cidade de Benguela.
Trata-se de pacientes idos do Lubango (Huíla), Cunene e do Chongoroi (interior de Benguela), atendidos prontamente no banco de urgência do Hospital Geral de Benguela, onde foram diagnosticados com esta infecção ocular hemorrágica.
Por essa razão, afirmou que a equipa de vigilância epidemiológica da Saúde Pública deslocou-se ao local no dia 3 de Março, o que permitiu a detecção de mais casos.
De acordo com o médico, o número de casos evoluiu rapidamente na província, incluindo os municípios do Lobito e de Benguela.
A seu ver, o cumulativo de 11 casos na província mostra uma tendência de aumento nos próximos dias, já que a conjuntivite é altamente contagiosa.
Prevenção
Também sublinhou que as autoridades sanitárias apostam em medidas de prevenção junto da população, para evitar o alastramento de casos na região.
De igual modo, admitiu que as unidades sanitárias, sobretudo no litoral da província, estão em prontidão para acudir os eventuais casos que se registarem nos próximos dias.
“Estamos em condições de dar respostas adequadas aos casos”, referiu, explicando que há fármacos disponíveis para atender os pacientes, como lágrimas artificiais e compressas frias nos serviços de urgência.
Por outro lado, apelou à população a observar as medidas de prevenção, como lavar as mãos com frequência, evitar aglomerados, não esfregar os olhos e evitar a partilha de toalhas, para cortar a cadeia de transmissão.
O médico oftalmologista alerta ainda para a possibilidade de reinfecção para aqueles que já tiveram a doença, mas adverte que a prevenção será a melhor forma de evitar a disseminação da conjuntivite em Benguela. JH/CRB