Caxito – Duzentas e quatro pessoas, na sua maioria crianças e idosas, morreram de malária no primeiro semestre deste ano, na província do Bengo, de acordo com oficial.
O chefe do Departamento de Saúde Pública do Bengo, António Malembany, que revelou o facto, apontou a chegada tardia dos pacientes aos pontos de tratamento como as principais causas das mortes, daí o aumento de 22 casos em relação ao período análogo de 2020.
Esclareceu que grande parte dos doentes é proveniente de Cacuaco, província de Luanda, e de alguns municípios do Bengo que se debatem com dificuldades de serviços de transfusões de sangue e que surgem com um quadro clínico associado de anemia severa.
António Malembany garantiu que as unidades sanitárias do Bengo têm medicamentos para combater a malária, acrescentando que o sector da saúde na província tem realizado trabalho de fumigação domiciliária e ambiental nos seis municípios.
Esse trabalho, salientou, também tem sido reforçado com campanhas de sensibilização, através de palestras sobre a importância do saneamento básico, junto das comunidades e igrejas, com o objectivo de prevenir e combater a doença.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pela picada da fêmea do mosquito anopheles, infectada por plasmodium e cuja prevenção passa pelo uso de mosquiteiros e repelentes, bem como combate às larvas dos mosquitos e outras práticas de saneamento básico.
Localizada no Centro-Norte de Angola, a província do Bengo conta com uma rede sanitária constituída por seis hospitais municipais, dois gerais, 22 centros de saúde, um materno infantil e 73 postos de saúde.
Ambriz, Bula Atumba, Cabo Ledo, Pango Aluquém, Dande, Dembos e Nambuangongo são os municípios que compõem a província.