Lubango – O Acidente Vascular Cerebral (AVC) tornou-se, nos últimos dois anos, na principal causa de morte no Hospital Central do Lubango “Dr. António Agostinho Neto”, só em 2021 foram 211 óbitos, contra 274 do ano anterior.
Sem avançar detalhes sobre o comportamento da doença, a directora-geral da Unidade, Maria Lina Antunes, disse em entrevista à ANGOP, ser preocupante o número de casos de AVC que dão entrada, na sua maioria afectando pessoas de idade avançada, mas também já há jovens padecendo da doença.
Apontou que a principal causa é a hipertensão arterial não controlada, sobretudo nos casos que afectam os jovens, entre os 20 e 40 anos de idade.
“Em termos estatísticos, comparando com outros países, a situação é grave, porque já há jovens com hemorragia cerebral e tromboses, muitos deles acabam falecendo”, disse a médica, acrescentando que quando a números, há mais casos de malária, mas menos mortes.
De entre as seis principais causas de óbitos naquela unidade de referência, a médica indicou a pneumonia com 209 casos, no ano passado, contra 198 de 2020, seguida do politraumatismo com 131 (+10), peritonite com 88 (-17), a malária 87 (+12) e o cancro com 87 (+15).
O hospital “António Agostinho Neto” tem uma capacidade de 520, é a maior unidade do centro-sul do país.