Ondjiva - Oitenta e oito casos de sarampo, dos quais oito confirmados, foram notificados no período de Abril a Dezembro do corrente ano, nos municípios do Cuanhama, de Namacunde, do Cuvelai e de Ombadja, província do Cunene, contra um registado em 2022.
Em declarações esta sexta-feira à imprensa, a supervisora do Programa de Vigilância Epidemiológica do Cunene, Aida de Deus, disse que o sarampo é uma das doenças que mais preocupa o sector, devido às baixas taxas de cobertura de vacinação.
A especialista afirmou que apesar de ainda não se considerar uma questão alarmante, a notificação de casos positivos da doença é já um surto, facto que requer intervenção imediata para que a doença não se propague para outras regiões.
Lembrou que o sarampo é uma das doenças infecciosas altamente contagiosa e quando existem casos em comunidades com baixa cobertura de vacinação há vulnerabilidades.
Aida de Deus disse que o sarampo não dispõe de tratamento específico sendo que a única forma de prevenir é por meio da vacina, por este facto, aconselhou os pais a levarem as crianças aos postos de vacinação de rotina.
"A prevenção é a melhor forma para reforçar o sistema imunológico da criança e do adulto à contaminação. Tomar a vacina não garante a imunização efectiva, mas atenua o risco de agravamento, na eventualidade de haver um surto repentino na comunidade”, referiu.
A doença tem como sintomas iniciais febres acompanhada de tosse, irritação nos olhos, falta de apetite, escoriação nasal e mal-estar intenso
A orientação OMS para prevenir surtos é manter, todos os anos, uma cobertura vacinal de pelo menos 95 por cento, utilizando duas doses da vacina contra a doença, com esforços especiais para identificar crianças, adolescentes e adultos que não foram imunizados no passado.FI/LHE/ART