Lubango – A epidemiologia é uma saída para moderar a demanda de utentes nas instituições de saúde em Angola, na ausência da equidade, considerou hoje, sexta-feira, no Lubango, Huíla, o presidente do Colégio de Especialidades de Administração Hospitalar (CEAH), José Cunha.
Epidemiologia é o ramo da ciência que fundamenta a prevenção da doença, que estuda a distribuição da doença nas populações, os fatores que influenciam ou que determinam essa distribuição e a aplicação deste estudo ao controle dos problemas de saúde.
Existem cinco objectivos base da epidemiologia, entre os quais, a identificação da etiologia ou a causa da doença e quais os fatores de risco relevantes (genéticos e ambientais – ambiente estilo de vida) para o desenvolvimento dessa doença.
Esta investigação é essencial à identificação de grupos de risco, alvos de investimento prioritário de programas de rastreio, para a detecção precoce e de intervenção na doença, com o objetivo de redução da mortalidade e da morbidade causadas por essa doença.
José Cunha falava à ANGOP, à margem das Jornadas comemorativas ao Dia Nacional do Médico, que hoje se assinala, e a Huíla acolheu, sob o lema, “Médico Angolano Comprometido no Fortalecimento do Serviço Nacional de Saúde", uma iniciativa da Ordem dos Médicos de Angola.
Destacou que o Serviço Nacional de Saúde prioriza a existência de equidade, mas na prática o país está ainda longe de atingi-la, para o efeito a epidemiologia poderá ser um instrumento fundamental para vencer esse desafio moderando à demanda nas instituições de saúde.
Referiu que equidade no atendimento público de saúde garante que os mais vulneráveis recebam cuidados diferenciados, para que dessa forma, se igualem aos outros, pois a saúde é um direito de todos.
Detalhou que a equidade parte da ideia de respeito às necessidades do indivíduo ou grupo social, e considera as dimensões das condições de saúde, de acesso e a utilização dos serviços de saúde, bem como a relação com o reconhecendo de que as condições de vida, trabalho, renda e educação determinam diretamente a saúde.
“Tudo o que referimos deverá ter uma participação forte dos médicos angolanos e só irá conseguir-se impregnar todas essas acções com a qualidade de recursos, instalações, equipamentos, medicamentos consumíveis, manutenção, gestão e outras”, frisou. BP/MS