Madrid (Dos enviados especiais) - Angola contabilizou, até 6 deste mês, 105 mil 887 casos positivos de Covid-19 e 1936 óbitos, informou, esta quarta-feira, em Madrid (Espanha), o Presidente da República, João Lourenço.
O primeiro caso positivo de Covid-19 em Angola foi registado em Março de 2020, num paciente proveniente de Lisboa (Portugal).
Segundo o Chefe de Estado angolano, que falava após ser distinguido pelo esforço desempenhado no combate à Covid-19, com um livro intitulado "A Arte de salvar vida", para dar resposta à pandemia, o país aumentou o número de camas hospitalares, unidades de cuidados intensivos, laboratórios clínicos, equipamentos de imagiologia e unidades de hemodiálise.
No quadro da mesma estratégia, foi reforçada a vigilância epidemiológica/ laboratorial, capacidade de testagem gratuita, o enquadramento de novos profissionais de saúde, bem como a melhoria das condições de biossegurança.
O Estadista sublinhou o facto de no caso de Angola não ter havido colopso do sistema de saúde durante as quatro grandes vagas epidémicas da Covid-19.
De acordo com João Lourenço, durante a última vaga ocorrida em Janeiro de 2022, causada pela variante Omicron, a Angola registou a menor letalidade na luta contra a Covid-19, com o apoio da iniciativa Covax.
Na sua intervenção, o Chefe de Estado informou que Angola iniciou em Março de 2021 a implementação do Plano Nacional de Vacinação Contra a Covid-19, sendo mobilizadas milhões de vacinas com doses gratuitas.
Para controlar a expansão do vírus e evitar o colapso do Sistema Nacional de Saúde Pública, o Executivo angolano fez um forte investimento na construção de hospitais e centros de diagnósticos, e na aquisição de vacinas.
No quadro da campanha de vacinação, as autoridades angolanas mobilizaram 35,5 milhões de doses de vacinas seguras para uma população elegível de cerca de 18 milhões de habitantes, a partir dos 12 anos de idade.
Ainda de acordo com os números oficiais, desde o início do processo de vacinação contra a Covid-19, foram imunizadas 18 milhões, 932 mil e 660 pessoas, das quais 15 milhões, 884 mil apenas com uma dose, 8 milhões 927 com a dose completa, 2 milhões, 190 mil e 106 com as doses de reforço e 6 milhões 087 cidadãos sem a dose de reforço.
Apesar dos recursos disponibilizados pelo Executivo no combate à pandemia da Covid-19, Angola beneficiou de doadores internacionais, entre países e organizações.
Os dados do Governo referem que, até 2022, o país dispunha de mais de 33 mil camas hospitalares, como resultado do investimento do Estado na melhoria dos serviços de saúde. FMA/AL