Luanda - Angola regista, anualmente, uma média de 130 a 140 casos de óbito por raiva, anunciou, esta segunda-feira, o chefe do departamento de controlo de doenças da Direcção Nacional de Saúde Pública, José Franco Martins.
Em declarações à imprensa, à margem da I Conferência de Comunicação de Risco e Engajamento Comunitário no Âmbito da Raiva Humana e Animal, o responsável disse tratar-se de números preocupantes para o país.
Conforme a fonte, a raiva é uma doença 100 por cento letal, tendo sublinhado que as autoridades do sector estão a fazer a colecta de dados para determinar o impacto da doença ao longo dos primeiros sete meses do ano em curso.
A raiva é uma zoonose (doença que passa dos animais ao homem e vice-versa) transmitida por um vírus mortal, tanto para o homem, quanto para o animal. Envolve o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução.
Segundo o responsável, o país registou nos últimos meses um surto de raiva, por isso o ministério prevê, em breve, fazer uma campanha massiva de vacinação.
"Estamos a trabalhar com os outros departamentos para podermos analisar o período para essa campanha", avançou.
O responsável explicou que a campanha não é apenas sobre a vacinação, porque um dos elementos principais é a sensibilização da população para aderir em massa.
Por sua vez, o director- geral do Instituto dos Serviços de Veterinária, Henrique Jimi, disse que para a campanha o sector prevê vacinar um milhão e 460 mil animais.
Segundo o veterinário, a campanha poderá durar até 10 dias.
A última campanha de vacinação contra a raiva realizou-se em Janeiro do ano em curso, estimando-se que tenha abrangido mais de 300 mil animais, apontados como potenciais transmissores de raiva. LIN/VIC