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Angola reforça reserva de vacina BCG com 536 mil doses

     Saúde              
  • Luanda • Domingo, 06 Dezembro de 2020 | 10h54
Campanha de vacinação contra a pólio (arquivo)
Campanha de vacinação contra a pólio (arquivo)
Gaspar dos Santos

Luanda – A coordenadora do Programa Nacional de Vacinação, Alda de Sousa, anunciou que o país reforçou, recentemente, a reserva da vacina BCG com um lote contendo 536 mil doses.

Cada frasquinho de vacina dá para imunizar pelo menos 20 utentes.

A par dessa quantidade de vacinas da BCG, que começaram já a ser distribuídas as unidades sanitárias do país, constam também doses de imunizante para sarampo e poliomielite.

Em entrevista ao Jornal de Angola, Alda de Sousa  informou ainda  não ter havido ruptura de reservas de vacina de BCG, como se fez crer em alguns círculos, mas sim uma redução nas quantidades a nível central, devido à conjuntura causada pela pandemia da Covid-19.

Conforme Alda de Sousa, devido as restrições de circulação impostas por causa da Covid-19, registou-se uma redução no fornecimento de vacinas e, por conta disso, os hospitais ressentiram-se, tendo em conta que o abastecimento não estava a ser feito nas mesmas quantidades.

A BCG é uma vacina indicada contra a tuberculose e é normalmente administrada logo após o nascimento nas maternidades ou postos de saúde.

Esta vacina não impede a infecção, nem o desenvolvimento da doença, mas impede que ela evolua e evita, na maior parte dos casos, as formas mais graves da doença como a tuberculose miliar e a meningite tuberculosa.

A vacina BCG é composta por bactérias da estirpe Mycobacterium bovis (Bacillus Calmette-Guérin), que tem uma carga viral atenuada e que, por isso, ajuda a estimular o organismo, levando à produção de anticorpos contra esta doença, que é activada caso a bactéria entre no organismo.

Alda de Sousa informou que o Programa Nacional de Vacinação está a ensaiar um novo projecto de gestão de vacinas, que entrou em funcionamento piloto nas províncias de Luanda, Benguela, Cabinda e Huíla, permitindo que o sistema accione o alarme sempre que a unidade regista uma redução no stock.

“Se o sistema accionar a luz amarela, quer dizer que o stock já está em baixo, então deve ser reabastecido. Logo, o nível em que estiver deve automaticamente fazer o fornecimento das vacinas em faltas”, afirmou.

Segundo Alda de Sousa, este novo sistema de gestão de vacinas está a possibilitar aos responsáveis das áreas saberem as quantidades de vacinas existentes numa determinada unidade sanitária.

Depois de o projecto estar bem consolidado nas províncias de Luanda, Cabinda, Benguela e Huíla, será a vez do Cunene e posteriormente abranger todas as províncias do país.





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