Madrid (Dos enviados especiais) – Angola está empenhada em cumprir com a meta “zero dose”, com o objectivo de promover, cada vez mais, a saúde na primeira infância, afirmou esta terça-feira, em Madrid, a ministra da Saúde.
Ao intervir no painel "Construir a África de amanhã: Saúde, Prosperidade e Igualdade de Oportunidades", na Cúpula de Alto Nível sobre o Impacto da Vacinação, Sílvia Lutucuta explicou que a meta é não ter crianças sem vacinação em Angola.
Segundo a governante, o seu pelouro identificou, em todo o país, 20 municípios com mais de 60 por cento de crianças ainda por imunizar, sublinhando que há esforços para reverter esse quadro.
"Está a ser feito um esforço no sentido de chegar a todas estas crianças, para serem vacinadas", referiu a governante, adiantando que esta operação conta com o apoio da Gavi, do UNICEF e da OMS.
Na sua intervenção, a governante disse que para combater a Covid-19, Angola usou as novas tecnologias para acompanhar, em tempo real, o stock de vacinas, o processo de distribuição e controlar as cadeias de frio.
Para gerir a vacinação contra a Covid-19, explicou, foi desenvolvido um sistema inovador para o pré-registo e o registo digital nominal do Cidadão (REDIV), que permitiu monitorizar e gerir, de forma integrada, a informação logística e a administração da vacina.
Nesse sentido, avançou, o país registou, digital e nominalmente no REDIV, mais de 17.5 milhões de pessoas com mais de 12 anos e controlou, em tempo real, mais de 1.700 postos de vacinação.
Esses postos incluíam Postos de Vacinação de Alto Rendimento, Equipas Avançadas e Equipas Móveis, algumas delas a funcionar em “modo offline”.
Sílvia Lutucuta adiantou que a plataforma de logística digital de gestão de vacinas de rotina “Logistimo/IOTA” foi alargada a todo o país.
Nesta plataforma, explicou, foram incluídas as vacinas contra a Covid-19, o que permitiu gerir digitalmente, em tempo real, toda a cadeia logística das vacinas.
Conforme a ministra, a combinação das plataformas IOTA e REDIV foi também de grande valor para a implementação da Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo, Pólio e a administração de vitamina A.
Esta acção, disse, permitiu vacinar cerca de 2.560.000 crianças menores de 5 anos com uma cobertura administrativa próxima de 90 por cento e proteger cerca de 600,000 pessoas contra a Covid-19.
Desde 2022, Angola está a implementar um conjunto de acções para a recuperação das coberturas de vacinação, introduzindo a vacina da Covid-19 na vacinação de rotina.
Angola iniciou, em Março de 2021, a implementação do Plano Nacional de Vacinação Contra a Covid-19, e viu reforçada e ampliada a cadeia de frio. FMA/AL