Luanda – O Governo angolano assume o compromisso de fortalecer o Sistema Nacional de Vigilância Integrado e Abrangente, para monitorizar o uso de “antimicrobianos” e os padrões de resistência nos sectores da saúde humana, animal e ambiental, assegurou, recentemente, nos Estados Unidos de América, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
Ao intervir na Reunião de Alto Nível sobre Resistência Antimicrobiana, no quadro da Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque, a governante sublinhou que esse sistema fornece dados, em tempo real, necessários para orientar as políticas de saúde pública e ajustar os planos de implementação, incluído orientações clínicas.
Avançou também a promoção e o controlo do uso racional de antimicrobianos na medicina humana, animal e na agricultura, melhorando a regulamentação das práticas do seu uso.
De acordo com a ministra, todos os esforços só terão impacto com uma forte comunicação de risco, engajamento comunitário, desde a infância, e educação dos profissionais das áreas envolvidas, referindo que se vai reforçar as campanhas nacionais para educar o público, bem como a temática “RAM” nas capacitações de profissionais de saúde, veterinária e agricultura.
“Para continuarmos a avançar e sermos mais eficientes e eficazes na luta contra a RAM, Angola está a reforçar o sector da Saúde com acções concertadas que se consubstanciam em laboratórios de microbiologia bem equipados, para detectar, monitorizar e informar a RAM de forma precisa, entre outras iniciativas”, destacou.
Sílvia Lutucuta considerou ser fundamental o fortalecimento da coordenação entre os países e as organizações internacionais, como a OMS, FAO e OIE, para a partilha de informações, identificação de melhores práticas, mobilização de recursos para harmonizar estratégias globais com adaptação local.
Adiantou que Angola também está a trabalhar para aumentar o seu orçamento no sector da Saúde para estar alinhada com o Plano de Acção Global sobre a Resistência Antimicrobiana aprovado em 2015.
Expressou que o país apoia, igualmente, as resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas, para se acelerar a acção global de resposta multissectorial, coordenada e abrangente, com vista a se enfrentar a crise de resistência antimicrobiana juntos e proteger a saúde das gerações presentes e futuras.
Por outro lado, Sílvia Lutucuta referiu que Angola apoia a Declaração em nome do G77 e a China, considerando urgente a implementação, a todos os níveis, de abordagens integradas e multissectoriais em que as estratégias e os esforços se alinhem às orientações da abordagem “Uma Só Saúde”, bem como reforcem a coordenação eficaz e essencial para enfrentar a crise. LDN/QCB