Luanda - A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, participa, desde segunda-feira, na Tanzânia, da reunião de alto nível para o lançamento da Aliança Global para acabar com a SIDA em crianças no mundo até 2030.
Segundo uma nota de imprensa, chegada hoje à ANGOP, a governante disse, durante a sua intervenção, que Angola tem como prioridade a intensificação da busca activa de casos de crianças expostas para diagnóstico, tratamento e cuidados, na comunidade com o engajamento de mulheres que vivem com Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH).
De acordo com a responsável, consta ainda das prioridades do Executivo o fortalecimento das intervenções comunitárias lideradas por mulheres que vivem com o VIH, promover o vínculo das gestantes seropositivas e crianças expostas com as unidades de saúde, através de projectos sociais existentes no país, como Kwenda e Combate a Pobreza, para fechar as lacunas do diagnóstico e tratamento.
Sílvia Lutucuta garantiu, na ocasião, o reforço particularmente do Sistema de Informação Comunitária, a operacionalização da Comissão Nacional de Luta contra a SIDA e Grandes Endemias.
Disse que a medida visa o fortalecimento das acções multi-sectoriais na resposta a patologia, mobilização, capacitação das mulheres que vivem com o virús sobre os Direitos Humanos e equidade de género, baseados nos resultados do estudo de caso contra o estigma e discriminação.
O documento, refere, que a situação epidemiológica de Angola mereceu também destaque durante apresentação da ministra, com realce aos bons resultados do Programa de Prevenção da Transmissão do VIH de Mãe para Filho (PTMF), no âmbito da campanha Nascer Livre para Brilhar, liderada pela Primeira-Dama de Angola, Ana Dias Lourenço.
Neste sentido, sublinhou ter sido possível reduzir a taxa de transmissão do VIH de mãe para filho de 26 por cento em 2018, para 15 por cento em 2021, bem como elencou os desafios e a necessidade de mobilização de mais recursos dos parceiros para intervenção comunitária, pelo facto de Angola ser considerada desde 2016, de média renda e não beneficiar de financiamentos de doadores.