Luanda - Angola participa, com uma delegação de altos funcionários do Ministério da Saúde, no encontro da SADC dos Ministros da Saúde e Finanças do E8 para a eliminação da Malária na região Austral de África que acontece em Windhoek, Namíbia.
O encontro, que decorre de 11 a 12 de Outubro, sob o lema “Zero Malária Comeca Comigo”, visa discutir estratégias de combate à malária na região da SADC, de modo a garantir que mais países sejam declarados livres da doença.
O Fórum pretende juntar a colaboração dos governos dos oito países integrantes do E8, um projecto gizado para erradicação da malária na região até 2030.
No seu discurso de abertura, Netumbo Nandi Ndaitwah, Vice-Primeira Ministra e Ministra das Relações Internacionais e Cooperação da Namíbia, reconheceu o esforço dos estados membros, na erradicação da malária, mas apela a implementação de mais políticas, de modo que a doença seja eliminada até 2050.
Netumbo Nandi Ndaitwah acredita que é chegado o momento de declarar malária zero nos países da região, garantindo assim um combate à doença e ao mesmo tempo a pobreza. Para a governante namibiana, a Malária afecta em grande medida, o desenvolvimento da população destes países da região, que ainda não conseguiram eliminar a doença dos seus sistemas de saúde pública.
A Malária continua a ser a primeira causa de morte nestes países. De acordo com o relatório da SADC do ano passado (2022) foram registados 63 milhões de casos e 42.871 mortes.
Em relação a este relatório, a OMS estima que 80% dos casos de malária registaram-se na RDC com o maior número de casos(39%), Moçambique (16%), Angola(14%) e Malawi (11%).
No evento participam ministros e altas delegações da saúde e finanças dos estados membros da SADC do E8.
O projecto criado em Março de 2009 em Windhoek, numa resposta ao apelo da União Africana e da SADC para impulsionar a região para a eliminação da doença que causa mais de 600 mil mortes por ano, em todo o mundo ( dados da OMS), tem ainda como elemento estratégico o melhoramento no acesso aos serviços de saúde, a identificação e gestão de casos de malária nas zonas fronteiriças e a testagem e tratamento adequado da doença.
Os estados membros da SADC investiram entre 2019-2021, perto de 929 milhões de dólares americanos no combate à malária.
O E8 é financiado pelo Fundo Global e está implementado em países considerados de primeira linha, que têm os resultados de controlo da doença próximo da eliminação, como a Namíbia, África do Sul, Eswatini e Botswana e os da segunda linha, como Angola, Zâmbia, Zimbabwe e Moçambique, que até 2030 poderão declarar a eliminação da malária.
Angola e a Namíbia têm um programa conjunto de combate à epidemia ao longo da fronteira, com a instalação de postos fixos e móveis. ART