Talatona - Angola gasta por ano mais de 60 milhões de dólares na compra de medicamentos, informou hoje, terça-feira, em Luanda, a ministra da Saúde, Silvia Lutucuta.
A governante, que falava à imprensa durante a realização de um wokshop sobre avaliação de Angola no quadro das autoridades reguladoras do sector farmacêutico, disse que o mercado nacional é abastecido fundamentalmente com importação de medicamentos e o Executivo quer mudar este paradigma.
Silvia Lutucuta referiu que Angola ainda tem uma indústria farmacêutica numa fase muito incipiente e que o país está a trabalhar na atracção de investimento privado para mudar a situação.
“Queremos uma indústria robusta que fabrique medicamentos, reagentes e também equipamentos que sirva não só o mercado nacional mais também o mercado internacional”, disse.
Para a ministra Silvia Lutucuta, a realização deste workshop, promovido pela Agência Reguladora de Medicamentos e Tecnologias de Saúde (ARMED), dará algumas indicações do que o executivo angolano tem que melhorar no Plano Nacional de Desenvolvimento.
Consciente da necessidade de se implementar uma agência reguladora de medicamentos robusta, segundo a ministra, o governo angolano solicitou apoio à Organização Mundial da Saúde (OMS) para o fortalecimento da ARMED.
A ministra considerou que a avaliação das competências da ARMED pela OMS irá permitir a elaboração de um Plano de Desenvolvimento Institucional e a integração da mesma no projecto de harmonização regulamentar da SADC e da União Africana,
A Agência Reguladora de Medicamentos e Tecnologias de Saúde (ARMED) é um instituto público, criado a 01 de Junho de 2021 pelo Decreto Presidencial nº136/21, cumprindo com as normas regulamentares da OMS e da UA.
O wokshop sobre avaliação de Angola no quadro das autoridades reguladoras do sector farmacêutico termina no dia 18 do corrente mês.