Luanda - Angola está na fase de eliminação da lepra enquanto problema de saúde pública, estando com uma prevalência de menos de um caso em dez mil habitantes, informou, este domingo, o Ministério da Saúde (MINSA).
Dados do MINSA apontam que o país registou, em 2022, 797 novos casos de lepra, sendo que 105 foram por deformidades de segundo grau.
Dos casos notificados, 93 foram em crianças e 70 por cento dos pacientes recorrem as unidades hospitalares, mas em estado bastante avançado.
Os dados dão conta que anualmente chegam a registar cerca de mil 785 casos , o que corresponde a 0,5 doentes para 10 mil habitantes.
Em nota, por ocasião do Dia Mundial da Lepra, o departamento ministerial refere que o combate à lepra e as doenças tropicais negligenciadas (DTNs) são partes de um investimento do Executivo na equidade em saúde, tendo como foco os cuidados de saúde primários.
Adianta que o Executivo “está fortemente comprometido em reforçar as acções concretas para o aumento da prestação de serviços eficientes cada vez mais próximos da população”.
A lepra é uma doença infeciosa crónica que afecta primordialmente a pele, mas também pode atacar os olhos, os nervos periféricos e eventualmente outros órgãos.
A cada dois minutos atinge uma pessoa no mundo, diferente das doenças tropicais Negligenciadas (DTNs) que são um grupo de doenças evitáveis e tratáveis e que afectam mais de 1 bilhão de pessoas em todo o planeta.
Das 20 DTNs, 12 são prevalentes, destacando-se a schistosomíase, as helmintíases transmitidas pelo solo, a filaríase linfática, a oncocercose e a tripanossomíase humana africana.
O país conta com 111 unidades sanitárias que prestam cuidados de saúde a pacientes com lepra, um número considerado ínfimo.
As províncias com alta endemicidade, em termos da lepra, são Luanda, Benguela, Huambo, Bié , Malanje, Cuanza Sul, Cuando Cubango, Huíla, Lunda Sul e Moxico.