Luanda - A especialização dos profissionais de saúde é um dos desafios da comunidade médica de língua portuguesa, e Angola está a dar passos significativos neste sentido, afirmou, esta segunda-feira, em Luanda a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
A titular da pasta falava à margem do encontro de cortesia com uma delegação da comunidade médica de língua portuguesa.
Sílvia Lutucuta referiu que estão a dar-se passos, nomeadamente na formação e oficialização dos profissionais para suprir as carências e melhorar a qualidade da assistência nos vários níveis.
Adiantou que esta formação especializada está a ser feita em todos os níveis, nomeadamente nos sectores médico, enfermagem, de diagnósticos e no regime regime geral.
A esta altura, referiu, a grande preocupação do Ministério, para além das especialidades de alta complexidade, é dar uma atenção especial às áreas que garantem os cuidados primários de saúde, nomeadamente na medicina familiar, cirurgia geral e pediatria.
As outras áreas com grandes carências são as de ginecologia obstetrícia, anestesia, ortopedia e neonatologia, disse.
Por outro lado, assegurou que Angola vai continuar a fortalecer o intercâmbio entre os sistemas de serviços de saúde dentro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Já o Presidente da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP), Carlos Cavalcante, referiu que a visita de cortesia serviu para apresentar a referida comunidade e falar sobre as suas directrizes.
Essas diretrizes têm a ver com a especialização dos médicos dos países lusófonos, bem como sua mobilidade na CPLP e apresentar programas de saúde pública que estão a ser promovidos e engajar todos os países membros.
Disse esperar que num prazo razoável possa ter formações de especialidades, principalmente em Portugal e Brasil para suprir as necessidades dos países de língua portuguesa, dado a imensa carência de especialistas existente.
Fez saber que as especialidades cirúrgicas pediátricas, cardíacas e de anestesia são as áreas mais candentes na comunidade médica de língua portuguesa.
Avançou a perspectiva de parcerias nos outros sectores tanto na iniciativa pública como privada que se disponha a ajudar e a receber médicos desses países .
Segundo o responsável inicialmente existe um projecto formativo em Cabo Verde.