Luanda- Angola defendeu, na quinta-feira, em Genebra (Suiça), a implementação da uma resposta rápida e campanhas de alta qualidade para se fazer face a persistência de surtos de poliovírus derivado da vacina.
Conforme a directora geral do Instituto Nacional de Investigação em Saúde (INIS), Joana Morais, que falava na plenária da 76ª Assembleia Mundial da Saúde, a nova vacina oral contra a poliomielite do tipo 2 é a opção preferida para controlar os surtos de poliovírus derivado da vacina.
Joana Morais, que manifestou preocupação com a persistência de surtos de poliovírus derivado da vacina, sugeriu a integração da vacinação contra a poliomielite em todas as intervenções de saúde ou noutros sectores de desenvolvimento que abranjam áreas de alto risco, ao mesmo tempo que o orçamento da poliomielite seja incorporado no Orçamento Geral do Estado (OGE), complementado com recursos mobilizados dos parceiros.
A directora do INIS apontou quatro prioridades para alavancar o plano de transição da poliomielite 2018-2023, nomeadamente o reforço sustentável da imunização de rotina, a consolidação dos ganhos em áreas de transmissão endémica do Poliovírus Selvagem, a prevenção ou resposta imediatamente a surtos em áreas não endémicas e a identificação precoce do poliovírus derivado da vacina e assegurar uma resposta imediata de qualidade.
Joana Morais acrescentou que as áreas prioritárias incluem o reforço das capacidades nacionais no domínio da imunização, da vigilância e da resposta a surtos, a monitorização e avaliação, investigações operacionais para melhorar o desempenho, reforço dos laboratórios de referência, gestão eficiente das amostras, assistência técnica da OMS para actividades de resposta e a vigilância de surtos.
A 76ª Assembleia Mundial da Saúde, que decorre até ao dia 30 do mês em curso, foca-se em torno da arquitectura global de preparação e resposta a emergências de saúde pública, construção da proposta de um instrumento sobre pandemias e doenças não transmissíveis.
A assembleia procura encontrar formas de prevenir e controlar as DCNTs, como doenças cardíacas, AVCs, diabetes e cancros, promovendo abordagens sobre as formas de se melhorar o acesso a alimentos saudáveis, actividade física e medicamentos essenciais.
A agenda enquadra também o tema sobre a cobertura universal de saúde (UHC), buscando o entendimento de que todos devem ter acesso aos serviços de saúde de que precisam, quando precisam, sem dificuldades financeiras, bem como o progresso na meta da Agenda 2030 de alcançar a UHC, o impacto das mudanças climáticas na saúde e como mitigar os riscos.VS/VM