Mbanza Kongo – Cerca de 2,5 quilómetros quadrados do território nacional que haviam sido ocupados ilegalmente pelas autoridades da República Democrática do Congo, na fronteira entre o município do Nóqui (Angola) e a cidade de Matadi (RDC), foram recuperados pelo Governo da Província do Zaire.
Em declarações esta quinta-feira à ANGOP, o administrador municipal do Nóqui, Manuel José António, explicou que a recuperação deste espaço por parte das autoridades angolanas resulta de um memorando de entendimento alcançado entre as duas regiões fronteiriças em Agosto do ano em curso, na cidade de Matadi (RDC).
“As conversações que vinham decorrendo entre as autoridades das vilas do Nóqui e de Matadi culminaram com a assinatura de um memorando, que permitiu a recuperação de uma parte do território nacional que tinha sido ocupada pelo país vizinho”, sublinhou.
De acordo com a fonte, durante a maratona negocial entre as autoridades das duas localidades fronteiriças, ficou também decidida a demolição de residências dos cidadãos da RDC erguidas anarquicamente no território nacional, cujo processo terminou na semana passada.
Ao todo, disse, foram demolidas 13 residências, cinco alicerces e uma estrada de terra batida que dava acesso à zona ocupada ilegalmente, tendo, na ocasião, destacado a colaboração das autoridades congolesas sobre o desfecho positivo deste imbróglio que data desde a independência nacional.
No entanto, o administrador municipal do Nóqui defendeu a vedação do espaço recuperado, partindo do Marco-2 ao Marco-3, para evitar outras situações ao longo da fronteira comum, nos próximos tempos.
Quatro municípios da província do Zaire partilham fronteira com a região do Congo Central (RDC), nomeadamente Mbanza Kongo, Soyo, Cuimba e Nóqui, numa extensão de 310 km. JL