Uíge - Setecentos e 40 cidadãos da República Democrática do Congo (RDC) foram repatriados, nos últimos 12 meses, pelos efectivos do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) no Uíge, por entrada e permanência ilegal no país.
O repatriamento dos cidadãos da RDC foi feito no posto fronteiriço de Kimbata, no município de Maquela do Zombo, província do Uíge.
Os dados foram avançados hoje, quarta-feira, pelo chefe de Departamento de Informação e Análise do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME ) no Uíge, intendente de migração André Tecadiomona, durante o acto provincial que marcou os 47 anos de existência deste órgão do Ministério do Interior.
André Tecadiomona informou que, durante o período, o SME encaminhou para o Centro de Detenção de Estrangeiros Ilegais, na província de Luanda, sete cidadãos, sendo três da Guiné-Conacri, dois malianos, um mauritâniano e igual número de guineense.
O SME no Uíge controla um total de 733 cidadãos estrangeiros, sendo 373 titulares de vistos de trabalho, 204 requerentes de asilo, 76 residentes, 52 ao abrigo familiar e 28 asilados.
Acrescentou ainda que foram encaminhados para o Ministério Público 22 processos envolvendo 28 cidadãos, sendo 26 nacionais, por auxílio à imigração ilegal, e dois da RDC, por falsificação de documentos.
Depois da avaliação de alguns factos, 16 cidadãos foram postos em liberdade, mediante o termo de identidade e residência
Acredcentou que três cidadãos foram condenados por quatro e dois anos de prisão, respectivamente, enquanto outros sete aguardam julgamento na Comarca do Congo.
Deu ainda a conhecer que o órgão recepcionou e tramitou 1.024 actos migratórios, sendo 890 para nacionais e 134 para estrangeiros.
Por sua vez, o Delegado interino do Ministério do Interior (MININT), o comissário de migração, Filipe Pemba, destacou a necessidade de se prestar maior atenção aos fluxos migratórios, tendo em conta a vasta extensão da fronteira terrestre e fluvial que província partilha com a RDC.
Por essa razão, exortou os efectivos do Serviço de Migração e Estrangeiros a reforçarem a vigilância permanente. NM/JAR