Luanda - A voz do Presidente da República de Angola, João Lourenço, é ouvida e respeitada na União Africana (UA), com reflexo nas decisões mais importantes adoptadas que determinam o futuro do continente.
A afirmação é do representante permanente de Angola junto da UA, Miguel César Bembe, em entrevista exclusiva à ANGOP, recentemente, onde, entre outros assuntos, abordou a designação do Chefe de Estado angolano como Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África.
Hoje, terça-feira, se assinala dois anos desde que o Presidente João Lourenço foi titulado como campeão da paz na Cimeira Extraordinária sobre o Terrorismo e Mudanças Inconstitucionais de Governo, realizada a 28 de Maio de 2022, em Malabo, Guiné Equatorial.
Para o também embaixador de Angola na Etiópia, o Executivo angolano tem procurado exercer um papel cada vez mais activo e assertivo na União Africana.
Lembrou que tendo em conta o reconhecimento mundial o país atingiu patamares cimeiros em termos de autoridade e credibilidade na abordagem de questões referentes à cultura da paz, à resolução pacífica de conflitos, à reconciliação nacional e à segurança,
Miguel César Bembe apontou como prova que pela quarta vez, Angola assume um mandato como membro do Conselho de Paz e Segurança da organização continental, por se afigurar indispensável abraçar iniciativas que visam consolidar a paz e a segurança, em África, e aumentar o prestígio e a influência do país, dada a sua experiência nesta matéria.
A presença, referiu, de quadros angolanos, nas estruturas da UA contribui também para o reforço e a consolidação da influência do país na organização continental, sendo relevante uma estratégia nacional específica para o efeito.
Sobre a presidência rotativa anual da UA em 2025, sublinhou que constitui um reflexo da forte dinâmica da diplomacia angolana, liderada por João Lourenço, Presidente da República de Angola.
Dois anos depois, o Presidente João Lourenço tem-se revelado um “trabalhador incansável” na sua espinhosa missão de busca permanente de soluções para os diversos conflitos, políticos e armados, que afligem o continente.
De igual modo, e na qualidade de Presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), João Lourenço foi mandatado, também pela UA, para assegurar a mediação na crise entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Rwanda.
Desde então, a capital angolana virou palco de constantes movimentações diplomáticas, com entradas e saídas de delegações estrangeiras de vários níveis, como que uma passagem incontornável dos caminhos da “Pax Africana”.
Ou seja, Angola passou a ser “uma placa giratória de concertações políticas”, no continente africano, segundo observadores atentos ao desenrolar da diplomacia africana. VIC