Luanda – Visitas ao Memorial Agostinho Neto, Palácio de Ferro e Museu Nacional de Historia Militar vão marcar, esta sexta-feira, o encerramento do Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-violência - Bienal de Luanda, que decorre desde quarta-feira.
Os participantes vão, igualmente, visitar os museus da Moeda e de Antropologia.
Nos dois primeiros dias, os participantes fizeram abordagens à volta dos painéis "Jovens, actores na promoção da cultura da paz e transformações sociais do continente" e “O acesso à tecnologia e Educação como ferramentas para alcançar a igualdade do género”.
“O processo de transformação dos sistemas educativos: práticas inovadoras de financiamento no contexto africano”, o “papel das mulheres no processo de paz, segurança e desenvolvimento a nível de África”, os “Desafios e oportunidades da integração do continente africano e as perspectivas de crescimento económico” e “Alterações climáticas: desafios éticos, impacto, adaptação e vulnerabilidade”, figuram igualmente da agenda debates.
O Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-violência tem a participação dos Presidentes da República de Cabo Verde, José Maria Neves, República de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova e da República Democrática Federal da Etiópia, Sahle-WorkZewed.
Entre as figuras, destaca-se também as presenças do vice-presidente da Namíbia, Nangolo Mbumba, e da primeira-ministra da Guiné Equatorial, Manuela RokaBotey.
A lista de convidados integra ainda quatro Conselheiros da União Africana e antigos Chefes de Estado, tais como o ex-presidente da Nigéria, Olusengo Obasanjo, de Moçambique, Joaquim Chissano, e do Malawi, Joyce Banda.
O Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-violência tem igualmente a presença do Presidente da Comissão da União Africana, Mousa Faki Mahamat, e do director Geral Adjunto da UNESCO, Xing Qu.
Dentre os resultados esperados nesta 3ª edição da Bienal de Luanda, destaque recai para o aprofundamento da partilha de visões sobre a cultura de paz, segurança, cidadania africana, democracia no continente, com a edificação de sociedades mais pacíficas, transformando atitudes e abordagens nos domínios da política, economia e cultura, para o fortalecendo dos pilares do progresso integral do continente.
Espera-se ainda a articulação com a União Africana para a preparação e realização das actividades do continente inerentes à Paz e Reconciliação em África, em virtude da designação do Presidente da República, João Lourenço, como Campeão da Paz e Reconciliação da União Africana.
Pretende-se também o reforço da reflexão sobre as vantagens da implementação da educação de qualidade, da cidadania africana, da integração continental, da acção climática, do uso de energia renováveis e de tecnologias de informação e de comunicação, do empoderamento das mulheres e meninas, bem como a consolidação da governação democrática e do Estado de direito em África.
A Bienal de Luanda serve como plataforma de implementação do "Plano de Acção para uma Cultura de Paz em África/Actuemos pela paz", adoptado em Março de 2013, em Luanda, no Fórum Pan-Africano "Fontes e Recursos para uma Cultura de Paz". ART