Luanda - Os trabalhos do VIII congresso do MPLA, aberto esta quinta-feira, prosseguem sexta-feira para aprovação de alterações ao programa e aos estatutos da organização partidária.
Esta sexta-feira serão anunciados os resultados das eleições do presidente do partido, cargo para o qual é candidato único João Lourenço, o actual líder do partido.
Será igualmente conhecido o Comité Central, que passa de 497 para 693 membros, dentre eles 347 mulheres.
A lista levada à votação no Congresso, que decorre sob o lema "MPLA - Por uma Angola mais desenvolvida, democrática e inclusiva", contempla uma representatividade de 35 por cento de militantes no Comité Central entre os 18 e os 35 anos de idade.
Depois da confirmação da eleição de João Lourenço, será apresentada a Moção de Estratégia do Líder, documento que traça as linhas mestras do programa de governo 2022/2027, a apresentar ao eleitorado, para o pleito previsto para Agosto do próximo ano.
Na abertura do conclave, o Presidente do MPLA prometeu trabalhar para merecer a confiança dos angolanos e dos cidadãos eleitores no país e na diáspora, que em Agosto de 2022 serão chamados a votar.
Reiterou também, na ocasião, o combate à corrupção e o empenho na recuperação de activos ilicitamente adquiridos, onde quer que se encontrem.
Ainda nesta quinta feira, o líder MPLA recebeu a Medalha 10 de Dezembro, a mais alta distinção do partido, pelos feitos realizados nos últimos anos.
Foram igualmente homenageados com "Menções Honrosas", pelo contributo no MPLA Julião Mateus Paulo "Dino Matross", António França "Ndalu", Magalhães Paiva "Nvunda", Francisco Tuta " Batalha de Angola", Alexandre Rodrigues "Kito", Amadeu Amorim, André Pitra "Petroff", Faustino Muteka, Roberto de Almeida, Miguel Zau Puna e João Luís Neto "Xietu".
O VIII Congresso Ordinário do MPLA decidiu ainda homenagear, com a Medalha Militante de Vanguarda, o agrupamento musical Kissanguela e a título póstumo os músicos David Zé, Artur Nunes e Urbano de Castro.
De acordo com fonte partidária esta última homenagem enquadra-se no processo de reconciliação em memória às vítimas dos conflitos políticos em Angola, lançado pelo Executivo.