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Vice-PR reafirma compromisso de Angola no combate às alterações climáticas

     Política              
  • Luanda • Quinta, 31 Agosto de 2023 | 16h01
Vice-Presidente da República, Esperança Costa
Vice-Presidente da República, Esperança Costa
Joaquina Bento-ANGOP

Luanda - A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, reafirmou esta quinta-feira o compromisso das autoridades angolanas no combate às alterações climáticas, por constituir um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta.

Esperança da Costa falava na cerimónia de abertura da  Conferência  Regional da Organização Pan-africana da Mulher (OPM), que decorre sob o lema "A Resiliência da Mulher Africana: O Contributo ao Sector da Agricultura para a Adaptação às Alterações Climáticas".

Na ocasião, a Vice-Presidente da República sublinhou que Angola tem priorizado as questões ambientais nacionais e internacionais, pelos estragos que este fenómeno tem causado, bem como o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 e o Acordo de Paris sobre o Clima.

A dirigente salientou que o país tem contribuído para os esforços globais, tendo aprovado a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas, que estabelece uma visão 2021-2035.

A Estratégia promove a adaptação e a resiliência em todo o território nacional, resultando em programas de mitigação da seca e de outros eventos extremos que têm assolado o sul do país.

Segundo Esperança da Costa, no quadro da estratégia de combate à seca no sul de Angola o Governo construiu o Canal do Cafu para a transferência de água do rio Cunene à região das Chanas da mesma província.

O projecto visa criar condições para o desenvolvimento da agricultura e pecuária, beneficiando assim mais de 230 mil habitantes.

A Vice-Presidente adiantou ainda que Angola tem objectivos específicos e metas sobre as questões climáticas e desenvolvimento sustentável.

Acrescentou que o país definiu a contribuição para a redução do carbono na produção de energia eléctrica até 2025 e traçou acções complementares de gestão sustentável das florestas, transportes e agricultura.

Esperança da Costa afirmou que em África as mulheres e a juventude constituem a maioria dos principais produtores de alimentos, cerca de 70 por cento da força de trabalho e do potencial produtivo.

Considerou que essas franjas da sociedade não estão envolvidas em actividades de grande valor como no processamento, agronegócio, na comercialização e exportação.

Defendeu a necessidade de ampliar, cada vez mais, a resiliência da mulher africana, num momento em que continua a ser a mais afectada pelo impacto das alterações climáticas, frequentemente a causa de grandes e forçados deslocamentos populacionais e da pobreza. 

“Defendemos por isso o acesso à posse da terra, a melhoria da inclusão financeira de mulheres e de jovens mulheres, o acesso (…) aos principais mercados agrícolas, mais formação e acesso às novas tecnologias e ao mundo digital”, enfatizou.

Assinalou que a mulher desempenha um papel importante no processo de mitigação e adaptação às alterações climáticas, pois continua a levantar a sua voz em prol do ambiente ao mesmo tempo que se posiciona como defensora férrea dessa causa.

Lembrou que Angola assumiu este mês a presidência rotativa da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), realçando a segurança alimentar e nutricional, a industrialização da sub-região como o mais importante programa de apoio às aspirações regionais para alavancar a cooperação sul-sul.

Na sua intervenção, Esperança da Costa sublinhou o apoio em prol da segurança alimentar e nutricional no desafio de contribuir para um mundo de maior justiça climática, mais equitativo e com paz.

A Organização Pan-africana das Mulheres foi criada há 61 anos com o fito de garantir a participação efectiva e responsável da mulher no desenvolvimento sócio-económico e cultural de África, e criar todas as condições para que participe e tenha espaço nos mais distintos sectores.

A Vice-Presidente, Esperança da Costa realçou que mais do que mitigação, precisa se optar pelos mecanismos de adaptação, fortalecendo o lema a "África que queremos", da Agenda 2063.

Considerou que a Declaração de Malabo dá oportunidade de avaliar os aspectos materializados e propor uma revisão mais impactante, no âmbito dos desafios da agricultura e das alterações climáticas, que representam uma ameaça real à humanidade e manutenção da vida no planeta. FMA/AL/ADR 

 





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