Luanda - Vinte mil mudas e sementes de mangues foram plantadas esta sexta-feira, na Comunidade do Tapo, distrito dos Ramiros, em Luanda, em acto orientado pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.
Ao falar numa campanha de reflorestamento de mangais, no âmbito das celebrações do 2 de Fevereiro, Dia Mundial das Zonas Húmidas, disse que a efeméride tem em vista a conservação e protecção de todas as zonas húmidas do mundo.
Esperança da Costa encorajou a sociedade a preservar o meio ambiente, a fim de assegurar o equilíbrio dos ecossistemas.
A Vice-Presidente da República frisou que é prioridade da agenda do Executivo o compromisso com as questões ambientais.
Referiu que os mangais ocorrem ao longo de toda zona costeira do país, com onze sítios de zonas húmidas de interesse nacional, daí a necessidade de se fazer todo um trabalho para a recuperação desses ecossistemas.
“Os mangais são ecossistemas frágeis, mas que têm um importante papel na vida da comunidade a nível nacional e internacional de toda humanidade“, sublinhou.
A governante explicou ainda que os mangais dão um suporte à biodiversidade que constituem e criam condições para subsistência das comunidades, assim como protegem as costas marinhas dos eventos meteorológicos extremos.
Esperança da Costa disse ainda que desempenham um papel crucial na mitigação às alterações climáticas e são autênticos consumidores de carbono.
Por outro lado, referiu que espera maior resultado do braço científico das universidades sobre a ocorrência dos mangais a nível de toda região do país, desde Cabinda, Zaire, Cuanza-Sul, Benguela e Namibe.
Queremos perceber com esses estudo, destacou, qual é a verdadeira estrutura ecológica que apresentam os mangais e que se faça uma avaliação das áreas degradadas e saudável para podermos intervir com programas bem concebidos.
Lembrou também que os mangais proporcionam grande interesse e podem ser eleitos como zonas húmidas internacionais, com propósito turístico.
Esperança da Costa avançou que o segmento do turismo está ligado à investigação científica, no sentido de encontrar valor no desenvolvimento do país, bem como na conservação e preservação da auto-sustentação.
Na ocasião, a presidente da associação ambiental Otchiva, Fernanda René, explicou que a não preservação dos mangais traz o risco de desaparecimento de várias espécies marinhas de valor comercial.
Referiu que os ecossistemas têm uma grande importância nas alterações climáticas e são os mangues que armazenam o dióxido de carbono e desempenham uma grande função ao longo orla da costa, prevenindo erosões e inundações.
Acrescentou que são bacias naturais que servem de retenção das águas pluviais. FMA/VIC/ADR