Cabinda - O Vice-presidente da República, Bornito de Sousa, realçou, neste domingo, a necessidade do país defender a paz e a unidade nacional, por forma a homenagear os milhares de jovens que lutaram por uma Angola una, indivisível, independente e soberana.
Ao discursar no acto central das comemorações dos 19 anos do Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, que hoje se assinala, Bornito de
Sousa afirmou que os angolanos valorizam, mais do que ninguém, os benefícios da paz e da estabilidade política e social.
Na sua intervenção, o Vice-presidente lembrou que quase três décadas depois da proclamação da Independência Nacional, e após várias tentativas e acordos falhadas, o 4 de Abril de 2002 encerrava uma das mais longas guerras fratricidas de que o mundo tem memória.
O acordo entre o Governo angolano e a UNITA deu a Angola e aos angolanos uma nova oportunidade de vida, sublinhando que uma das
grandes lições do processo que conduziu à paz é que não se consegue nada honroso e digno de valor sem o minímo de empenho, esforço e sacrifício.
No acto, Bornito de Sousa desencorajou a tentação de privilegiar as coisas fáceis, o imediatismo e a lei do menor esforço.
Indicou como objectivos comuns e legítimos a melhoria da qualidade de vida para as famílias, ensino, saúde, dos serviços públicos, a justa distribuição dos rendimentos nacionais, bem como uma economia forte, dinâmica, desenvolvida e diversificada.
O Vice-presidente da República acredita que os projectos e programas do Executivo vão contribuir para o bem-estar, melhoria da qualidade
de vida, elevação dos índices de desenvolvimento humano e a criação de empregos, sobretudo, para a juventude.
Adiantou que alguns dos projectos em curso em Angola terão impacto nos países vizinhos e na região central de África, como são os casos do terminal marítimo de passageiros, a rampa de atracagem de Ferryboats, o terminal de águas profundas do Caio e a construção da refinaria, todos na província de Cabinda.
No acto central do 4 de Abril, Bornito Sousa valorizou também a centenária igreja de São Tiago Maior da missão Católica de Lândana, já classificada como Património Cultural Nacional.
Após reconhecer os constragimentos impostos pela situação financeira do país e pela crise da pandemia de Covid-19, manifestou-se esperançoso na força de vontade, determinação dos jovens e empreendedores.
Apontou o turismo como um dos potenciais da província de Cabinda que possui a floresta do Maiombe, uma rica cultura, gastronomia, tradição, sítios históricos e lugares de memória ligados à luta de libertação nacional.
"Em 2022, assinalaremos 20 anos de Paz e de Reconciliação Nacional", adiantou o Vice-presidente, indicando que o ano de 2022 será igualmente marcado pelas Eleições Gerais e pelo Centenário do nascimento do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto.
Este ano, as comemorações dos 19 anos da Dia da Paz e Reconciliação Nacional se celebram em todo o território nacional sob o lema "Angola - paz, unidade nacional e democracia".