Sumbe - A vice-presidente do MPLA, Mara Quiosa, disse, esta sexta-feira, no Sumbe, província do Cuanza-Sul, esperar pelo reforço da capacidade interactiva da OMA e da capitalização do processo de unidade e coesão.
A responsável partidária falava no acto central das comemorações do 63º aniversário da OMA (braço feminino do MPLA) que hoje se assinala, sob o lema “Mulher angolana, comprometida com a paz e a coesão das famílias”.
Na ocasião, disse ser preciso trabalhar em consenso e com diálogo, dentro das estruturas a todos os níveis, pois só unidas e coesas poderão continuar a estimular mais mulheres a ingressar nas fileiras e a participar na vida social das comunidades.
Assinalou que a inserção nas comunidades constitui uma das grandes premissas do partido.
Mara Quiosa considerou importante que cada um faça a sua parte, num contexto bastante desafiador, que exige coragem, determinação, criatividade e cumprimento implacável na execução das tarefas.
Disse que um dos desafios do actual contexto está relacionado com as competências familiares, a erradicação de todas as formas de violência contra as mulheres, o combate ao abuso sexual de crianças e o reforço a protecção aos menores, com a denúncia dos prevaricadores.
A vice-presidente do MPLA pediu aos militantes a união de esforços e a intensificação dos trabalhos de sensibilização para o planeamento familiar, redução da gravidez precoce nas comunidades e a promoção do acesso igualitário de meninos e meninas no sistema de ensino no meio rural.
Mara Quiosa disse ser importante que a OMA esteja, igualmente, engajada na promoção e massificação das aulas de alfabetização das mulheres.
Ganhos e desafios da OMA
Na sua intervenção, a secretária-geral da OMA, Joana Tomás, disse que a comemoração dos 63 anos de existência da organização feminina do MPLA tem um significado histórico de conquistas, vitórias e desafios enfrentados ao longo desta trajectória.
Lembrou que desde a sua criação, a OMA tem sido uma força vital na promoção na luta pela igualdade do género, com a implementação de programas que visam empoderar as mulheres e meninas no acesso à educação, saúde reprodutiva e oportunidades económicas.
Frisou que no contexto de celebração é importante lembrar que ao longo dos 50 anos de Independência Nacional a participação da mulher angolana tem sido fundamental para o desenvolvimento do país.
Joana Tomás afirmou que as mulheres não apenas desempenharam um papel social na luta pela Independência Nacional, mas continuam a ser agentes de mudanças nas suas comunidades.
Realçou que os desafios persistem na luta contra violência doméstica e abuso sexual de menores e idosos, enquanto questão urgente da união das famílias e da sociedade.
Adiantou que a OMA tem trabalhado incansavelmente na sensibilização da sociedade sobre a importância de proteger os mais vulneráveis e garantir a todos que tenham uma vida boa e livres de abuso.
Criada em 1962, em Leopoldville, actual Kinshasa, por um grupo de mulheres angolanas, filiadas na associação filantrópica denominada “Kudiangó”, a OMA, afecta ao MPLA, é a maior organização feminina em Angola. Cij/LC/ALH