Luanda - A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, defendeu esta quinta-feira a melhoria das condições de ensino e aprendizagem para a inserção, no sistema nacional formal, dos alunos com deficiência e limitações no desenvolvimento cognitivo.
Esperança da Costa, que falava no fim de uma visita de constatação à escola número 1531, conhecida por Escola Especial, no Distrito Urbano do Rangel, em Luanda, disse que a instituição carece de intervenções profundas, algumas delas atinentes à infra-estrutura.
A dirigente disse, igualmente, que
a Escola Especial carece de equipamento adequado ao desenvolvimento cognitivo dos estudantes portadores de deficiência.
"É uma escola que pretendemos que seja inclusiva e que atenda os alunos chamados normais. Mas a escola precisa também de investimento ao nível de recursos humanos”, sublinhou.
A Vice-Presidente da República incumbiu ao Ministério da Educação e à direcção da Escola para identificar as necessidades do estabelecimento, de forma a elevar a sua capacidade de resposta.
Esperança da Costa considerou importante dotar a Escola de maior capacidade, a fim de responder às necessidades e à demanda do município de Luanda no que toca à inclusão de meninos com deficiência e limitações de desenvolvimento cognitivo.
No quadro da jornada de campo, realizada esta quinta-feira, a Vice-Presidente da República visitou também a Escola 9001, no Distrito Urbano do Benfica, tendo defendido a necessidade de a dotar de maior capacidade formativa e de atendimento no que respeita ao ensino técnico-profissional.
"Temos (...) uma grande necessidade e procura a nível do ensino profissional, por isso temos de dotar a juventude com habilidades e competências para que seja inserida rapidamente no mercado de trabalho", afirmou.
Informou que o Governo angolano
vai prestar maior atenção ao redimensionamento das escolas no Distrito Urbano do Benfica, incluindo
as de ensino geral e técnico- profissional.
A estratégia tem como intuito responder mais rapidamente à demanda e capacitar jovens, e não só, para o mercado de emprego.
Quanto à Escola 42, outra que mereceu a visita da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa afirmou que representa o compromisso do Presidente João Lourenço com o desenvolvimento e a inovação no país.
Disse que a instituição de ensino abre
oportunidades à formação de juvens no segmento das tecnologias de informação, sobretudo, na era de inteligência artificial.
Trata-se, prosseguiu, de uma escola inclusiva e podemos replicá-la em outras partes do país para que, de facto, absorva jovens de outras províncias e se aposte mais na promoção da indústria com quadros formados nestas áreas.
Disse que tem sido cada vez mais difícil encontrar entre os estudantes angolanos talentos para as áreas das engenharias, matemáticas e físicas.
Relativamente ao Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), Esperança da Costa referiu ser necessário que impulsione as áreas das ciências exactas, apoiadas num de ensino de qualidade.
"Pretendemos, com isso, mostrar que o Executivo está orientado (...) para o investimento no capital humano e este é, sem dúvida, um dos objectivos fundamentais da nossa governação”, expressou. AP/KAM/FMA/AL/ADR