Benguela - A vice-governadora provincial de Benguela para o sector Político, Social e Económico, Lídia Amaro, defendeu hoje, quarta-feira, nesta cidade, a colaboração entre as igrejas e o Governo angolano para promoção de um ambiente de paz e do desenvolvimento sustentável.
A responsável falava no acto de abertura do workshop sobre "Segurança, paz, justiça para todos e integridade da criação", promovido pela Diocese de Benguela.
Na ocasião, Lídia Amaro disse que o tema, para além de sugestivo para o desenvolvimento e bem-estar da província, é uma oportunidade para reflectir sobre a busca de soluções para os desafios que a sociedade enfrenta na componente da segurança, paz e justiça, pilares primordiais para o desenvolvimento sustentável de qualquer nação.
Adiantou que, ao longo dos últimos anos, as famílias enfrentam desafios consideráveis que ameaçam a estabilidade e a segurança, onde se destacam a criminalidade e a violência no seio doméstico, com situações de agressões entre membros da mesma família.
O alto consumo de bebidas alcoólicas e o uso de substâncias proibidas por lei, provocando problemas de saúde, desintegração familiar, incapacidade técnica para o exercício da actividade laboral, bem como o aumento das dificuldades financeiras e influência negativa nas crianças e jovens, são outros desafios a serem enfrentados.
Lídia Amaro referiu que o Governo angolano tem desenvolvido diversas acções nas áreas de segurança, paz e justiça social, no âmbito do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023/2027, onde se destaca a reforma judicial, promoção dos direitos humanos e combate à corrupção.
A vice-governadora manifestou o desejo de se continuar a colaborar estreitamente com as instituições religiosas em prol do bem comum, para juntos construirem uma sociedade mais justa e solidária, onde todos os cidadãos tenham oportunidade de prosperar.
Defendeu a colaboração em programas educativos que promovam a paz e a tolerância, campanhas de sensibilização da população sobre temas como o respeito pelos direitos humanos e a necessidade de participação cívica.
Projectos de desenvolvimento comunitário como a construção de infra-estruturas básicas, a criação de postos de emprego e a promoção da inclusão social, bem como o apoio a grupos vulneráveis como crianças de rua e na rua, pessoas toxicodependentes, órfãos, viúvas e em situação de risco, são outras metas do governo.
Enfatizou a importância da colaboração e do diálogo aberto em prol de um futuro mais seguro, justo, sustentável, de modo a se construir um país e uma Benguela mais próspera e harmoniosa.
Recordou que em Angola, durante e após a guerra civil, várias denominações religiosas desempenharam papéis significativos na mediação de paz, na promoção da reconciliação nacional e na assistência humanitária.
A responsável reconheceu o papel da igreja em várias iniciativas para ajudar na reconstrução do país e na promoção da coesão social. CRB