Malanje- O vice-governador de Malanje para o sector Político, Económico e Social, Domingos Eduardo, destacou hoje, terça-feira, o papel do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, na libertação do continente africano do jugo colonial e afirmação da sua soberania.
Intervindo na abertura das Jornadas alusivas ao Centenário de nascimento do também fundador da Nação, a assinalar-se a 17 deste mês, o responsável considerou que Neto simboliza uma parte heróica da saga nacionalista do povo angolano, que culminou com a proclamação da independência a 11 de Novembro de 1975.
Para além da faceta libertadora, enfatizou a vertente cultural e humanista de Agostinho Neto, cujo legado, no seu entender, deve ser transmitido às novas gerações.
Com Neto, acrescentou, aprendeu-se que governar é, sobretudo, resolver os problemas do povo.
Neste sentido, reiterou a pretensão do governo de Malanje em transformar a residência onde Agostinho Neto viveu em museu, para que a sua vida e obra se perpetue.
O acto de abertura das jornadas culminou com uma palestra sobre a “vida e obra de Agostinho Neto”, dissertada pelo historiador António de Bessa Gaspar, que traçou, entre outros aspectos, o percurso do fundador da Nação na luta contra o colonialismo português, face aos maus tratos a que os angolanos eram submetidos.
As jornadas prevêem visita à locais históricos nos municípios de Cacuso e Calandula, realização de um concerto musical de interpretação dos poemas de Neto, palestras, festival de dança folclórica, concursos de poesia e desenhos, entre outras actividades.
Principal figura do país do século XX, António Agostinho Neto foi médico, escritor e político angolano, nascido a 17 de Setembro de 1922 e falecido 10 de Setembro de 1979, tendo anteriormente exercido as funções de presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola e da república de Angola.