Huambo – O vice-governador para o sector Político, Social e Económico da província do Huambo, Angelino Elavoco, assegurou, esta quarta-feira, a criação de condições para o bem-estar dos veteranos da Pátria e para que tenham um tratamento digno e justo.
O responsável discursava no acto provincial do Dia dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, que hoje se assinala, sob o lema “Angola 50 anos: preservar e valorizar as conquistas alcançadas, construindo um futuro melhor”.
Na ocasião, Angelino Elavoco disse ser importante assegurar o acesso às melhores condições de vida, como os serviços de saúde, educação para os seus filhos, habitação social condigna e do reconhecimento público dos antigos combatentes e veteranos da Pátria.
O vice-governador reiterou o compromisso do Governo angolano em continuar a trabalhar arduamente para que a memória dos heróis e o legado dos veteranos da Pátria estejam sempre presentes e sejam valorizados por todos, para inspirar a nova geração.
O responsável precisou que comemorar o 15 de Janeiro significa honrar e reconhecer a importância dos valorosos combatentes da luta de libertação nacional e defesa da Pátria angolana, bem como um tributo a todos os que se doaram à causa e sacrifício de tornar Angola uma nação livre, independente e indivisível.
Afirmou que a data constitui uma oportunidade de reflexão e discussão sobre a actual condição de vida e as medidas e políticas adoptadas para a inserção desta franja social e suas respectivas famílias na sociedade, de forma a manter-se viva a sua história heróica de sacrifício e de luta pela Independência Nacional.
Por sua vez, o delegado dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria na província do Huambo, Joaquim David, informou que dois mil 519 assistidos estão inseridos no sistema integrado de gestão e controlo dos pensionistas, como resultado do cadastramento e prova de vida, realizado de 2019 a 2024.
Deu a conhecer que a província do Huambo conta com 96 reclamações gerais, incluindo os acompanhantes e os deficientes de guerra, que mereceram o devido tratamento junto do Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria.
Neste quesito, ressaltou o controlo de 160 processos homologados, que, recentemente, foram inseridos no sistema integrado de gestão dos antigos combatentes e veteranos da pátria, estando em curso a prova de vida presencial destes.
Joaquim David disse estar em curso, a nível nacional, a emissão do cartão de identificação do antigo combatente, na qual a província do Huambo já recebeu e distribuiu mil 591 passes.
Destacou o reajuste da pensão atribuída ao antigo combatente, deficiente de guerra e seus familiares, que saiu de 23 mil Kwanzas para 50 mil, pagas com regularidade, para além da entrega de habitações nas centralidades locais e a aprovação de créditos agrícolas, assim como a distribuição de bolsas de estudos para seus filhos.
Antigos combatentes
O antigo combatente Rufino José disse que, apesar de algumas acções em curso pelo Executivo angolano, ainda não é o melhor e nem o desejado, pois merecem maior acompanhamento na assistência médica/medicamentosa e na formação dos seus filhos.
Dinis Canjolo, outro antigo combatente, disse que precisam de mais apoio nos programas agrícolas, sobretudo no transporte, energia e água, pois só com a pensão de 50 mil Kwanzas atribuída será difícil ter uma vida digna.
Também desta franja social, Afonso Pedro salientou que a pensão do antigo combatente deveria subir pelo menos para 100 mil Kwanzas, pois, com a crise económica que o país enfrenta, muitas vezes não cobre as despesas familiares.
Por adopção das autoridades nacionais considera-se antigo combatente todo o cidadão que participou da luta anti-colonial até 11 de Novembro de 1975, que culminou com a Independência de Angola, justamente nesta data.
O Dia dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria foi institucionalizado através do Decreto-lei nº 26/11, de 24 de Julho. ZZN/JSV