Luanda - O velório público pelo falecimento do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, ocorrido sexta-feira (8), em Barcelona, Espanha, prossegue até domingo, apesar de o luto nacional terminar nesta sexta-feira, às 23h59 minutos.
O anúncio foi feito pelo porta-voz da Comissão Nacional das Exéquias, Marcy Lopes, tendo adiantado que a partir de sábado (16) todas as restrições impostas ficam canceladas.
No quadro do luto nacional, que começou a ser cumprido às 00:00 de sábado (9), por um período de sete dias, a bandeira nacional foi colocada à meia haste e todos os espetáculos e manifestações públicas foram cancelados.
No âmbito do programa das exéquias, o Governo criou espaços públicos nas 18 províncias para a apresentação de condolências.
Em Luanda, o local oficial é a Praça da República, que recebe, desde segunda-feira, centenas de cidadãos, entre entidades políticas, diplomáticas, eclesiásticas e outras.
O também ministro da Administração do Território, Marcy Lopes, afirmou, em Luanda, que o velório público ficará aberto, até à meia noite de domingo, às pessoas interessadas em homenagear José Eduardo dos Santos.
Quanto às exéquias do ex-chefe de Estado, o governante afirmou que se aguarda por decisões adicionais, em particular, pelo desfecho do processo administrativo e judicial em curso em Espanha, em que o Estado angolano está representado por um advogado espanhol.
Ao som de recitais da banda do Exército Nacional, a Praça da República registou, nesta sexta-feira, uma afluência considerável de generais, comissários e oficiais superiores das forças armadas e da polícia nacional.
Na ocasião, o embaixador da África do Sul em Angola, Oupa Ephraim Monareng, referiu que o continente africano há-de se lembrar de José Eduardo, como combatente pela liberdade e da luta pela abolição do apartheid.
O general José João "Mauas", que foi chefe da guarda presidencial de José Eduardo dos Santos, considerou o malogrado um pai e dirigente político de dimensão indescritível.
Santana André Pitra “Petroff", general reformado, apontou a unidade nacional e no seio do MPLA como os principais feitos de José Eduardo dos Santos.
O secretário para os Assuntos de Defesa Nacional e Veteranos e Forças Armadas da Casa Militar do Presidente da República, Correia Valente, considerou uma perda irreparável a morte do antigo Chefe de Estado angolano.