Luanda - A directora-geral adjunta da UNESCO para Ciência Natural e Exacta, Lídia Brito, enalteceu, esta quarta-feira, em Luanda, a decisão do Governo angolano de aumentar, de seis para 12 por cento, as áreas de conservação naturais.
A declaração foi feita à imprensa depois de Lídia Brito ter sido recedbida em audiência pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, que contou com as presenças da ministra angolana da Educação, Luísa Grilo, da embaixadora de Angola na UNESCO, Ana Maria de Oliveira.
A responsável frisou que a UNESCO pode apoiar o Governo angolano de forma a que essas zonas de conservação nacionais comecem a fazer parte da rede de reservas de biosferas.
Disse que quando os parques nacionais se tornam reservas da UNESCO e fazem parte das redes regionais e internacionais permite aos jovens aproveitar a conservação da biodiversidade como via para o desenvolvimento nas comunidades do país.
A directora-geral adjunta da UNESCO frisou que durante o encontro analisou com a Vice-Presidente da República o reforço e o interesse e a disponibilidade da organização para que os parques nacionais possam ser sítios designados como reservas de biosferas.
“Angola tem potencial para fazer parte dos geoparques ligados aos património, por isso estamos a explorar“, disse, acrescentando que a UNESCO vai dar apoio técnico a Angola para que essas áreas nacionais de conservação possam ser designadas como zonas de conservação.
“Temos mais de 700 bioferas no mundo e contamos com uma grande experiência para apoiar os Estados membros a transformar as suas áreas nacionais em zonas designadas pela UNESCO como área de conservação”, disse.
Afirmou igualmente que que a organização vai continuar a apoiar o país nas áreas da educação, cultura, ciência e tecnologia e ensino superior.
Segundo Lídia Brito, o encontro serviu também para fazer o balanço da 3ª Bienal, que vai servir de impulso para a edição de 2025, bem como uma oportunidade para reforçar a cooperação com Angola, que reiterou o seu compromisso político com a cultura de paz, um dos propósitos centrais da organização.
Afirmou que vai continuar a manter encontros nos próximos dias, para explorar as áreas de cooperação e estreitar a relação, para facultar assistência técnica ao país e aproveitar as boas práticas de Angola para outros países e vice-versa.
Para 2025, a directora-geral adjunta da UNESCO perspectiva uma edição com mais impacto, para a construção da paz no continente africano e no mundo.
Por sua vez, a embaixadora de Angola na UNESCO, Ana Oliveira, frisou que o país tem ambições de materializar alguns desafios no âmbito da cultural, como a inscrição para património mundial três pontos: Tchitundo-Hulo (Namibe), Cuito Cuanavale (Cuando Cubango) e a Bacia do Kwanza. FMA/ART