Luanda - A Unidade de Investigação Financeira (UIF) e a Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (ONUDC) em Angola promovem, a partir desta segunda-feira, em Luanda, um workshop sobre Riscos de Branqueamento de Capitais relacionados com Negócios Designados Não Financeiros e Outras Profissões.
A actividade insere-se no âmbito do Projecto de Apoio ao Fortalecimento do Sistema de Confisco de Activos em Angola (PRO.REACT), financiado pela União Europeia (UE).
O Projecto tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de combate aos fluxos financeiros ilícitos, refere uma nota de Imprensa da ONUDC a que ANGOP teve acesso.
Tradicionalmente, as políticas de prevenção de branqueamento de capitais focam-se mais no sector financeiro e, devido à natureza não financeira de alguns negócios, existem entidades ou pessoas que podem estar particularmente expostos ao risco.
Estas entidades incluem imobiliárias, casinos, advogados, notários, comerciantes de metais preciosos, contabilistas e outros profissionais independentes.
A esse respeito, o Grupo de Acção Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento de Terrorismo (GAFI) recomenda que os países compreendam os riscos de branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo associados a estas actividades e negócios, para melhor conhecer as estruturas em território nacional e aplicar medidas de mitigação do risco.
As instituições angolanas continuam empenhadas em fortalecer o sistema nacional anti branqueamento de capitais e em implementar as recomendações do GAFI e as melhores práticas internacionais..
A Suíça é um dos países do mundo que nos últimos anos se tem distinguido no combate ao branqueamento de capitais.
Deste modo, com o apoio da Embaixada da Suíça em Angola, três especialistas do “Institut de Lutte Contre la Criminalité Economique” (Neuchâtel, Suiça) com experiencia nestas matérias irão partilhar com Angola os seus conhecimentos e casos de sucesso.
O workshop contará com a participação de 35 profissionais angolanos da UIF, SIC, SINSE, SIE, PGR, BNA, MIREX, Ordem dos Advogados e dos Contabilistas, do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos e ANIESA, que irão partilhar experiências e conhecimentos com os seus colegas da Suíça. DC/VIC