Talatona – A embaixadora da União Europeia (UE) em Angola, Rosário Pais, destacou, esta segunda-feira, em Luanda, os esforços do Executivo angolano no combate eficaz ao crime organizado e ao branqueamento de capitais.
Em declarações à imprensa, à margem do Workshop sobre Branqueamento de Capitais e Crimes Conexos, destinado a magistrados judiciais, referiu que o Governo tem demonstrado vontade firme no sentido de se proteger contra esses crimes.
Na ocasião, a diplomata destacou as conquistas alcançadas pelo Executivo angolano nos mais variados domínios, com progressos na legislação, boas práticas internacionais, serviços especializados e capacitação de profissionais em branqueamento de capitais e crimes conexos.
“Formar juízes para o combate à corrupção e ao branqueamento de capitais é importante para o investimento e a diversidade económica porque ajudará a atrair investidores, pois estes não virão para Angola se souberem que não há um ambiente de negócios que seja propício, razão pela qual este workshop é importante para o desenvolvimento económico, social e a criação de emprego”, salientou.
Realçou que o workshop é promovido no âmbito do projecto Pro-React, financiado pela UE num investimento avaliado em dois milhões de euros, com prazo de execução de quarto anos.
Lembrou que a UE tem um programa de financiamento para o período 2021/2027 em três áreas prioritárias, nomeadamente a diversificação económica, governança e desenvolvimento humano.
Por sua vez, a coordenadora residente do Sistema da ONU em Angola, Zahira Virani, considerou de profícua a realização do evento, justificando que vai contribuir no fortalecimento do sistema judicial e no combate à criminalidade financeira.
“Sabemos que o branqueamento de capitais é uma ameaça global, dinâmica e complexa, portanto é essencial equipar os juízes com conhecimentos técnicos para que possam tomar decisões justas e imparciais, de acordo com a lei e as boas práticas, razão pela qual estamos comprometidos em apoiar Angola nos seus esforços para fortalecer o seu sistema de combate a este crime”, acrescentou.
Com duração de seis dias, o workshop é organizada em parceria com o Tribunal Supremo e a Academia de Ciências Sociais e Tecnológicas (ACITE) e conta com a participação de 80 juízes.GIZ/MCN