Luanda - A Total Energies vai manter a aposta na busca de oportunidades de negócios no sector de energias renováveis, no mercado angolano, e pondera alargar os investimentos ao segmento hidroeléctrico.
A informação foi prestada esta terça-feira, em Luanda, pelo presidente director-geral da Total Energies, Patrick Pouyanné, no final de uma audiência que lhe foi concedida pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço.
Em declarações à imprensa, Patrick Pouyanné não descartou a possibilidade de a companhia investir também no sector hidroeléctrica, "se for possível e viável".
Ainda no campo das energias renováveis, sublinhou o facto de em Junho de 2021 a multilateral que dirige ter assinado um acordo com as autoridades angolanas que resultou na criação de um parque de energia solar na província da Huíla, cidade do Lubango.
Disse tratar-se de uma infra-estrutura que gera a volta de 35 megawatts para a rede eléctrica do país e que ainda pode ser expandida para mais oito (megawatts).
No total, revelou o presidente director-geral da Total Energies, o investimento ronda os 100 milhões de dólares.
"Isso é para mostrar que não estamos apenas focados na área de petróleo e gás como era a nossa tradição, mas agora também estamos na área de energias", frisou.
Sector de petróleo e gás
Quanto ao sector de petróleo e gás, disse que os investimentos realizados em Angola são satisfatórios, tendo destacado que a companhia produz actualmente cerca de 550 mil barris de petróleo por dia.
A cifra representa quase 50 por cento da produção total de Angola, estimada em 1.1 milhões de barris de petróleo por dia.
O encontro com o Presidente João Lourenço serviu, igualmente, para analisar a possibilidade de a multilateral de origem francesa fornecer energia solar à indústria mineira angolana.
Entre outros aspectos, a iniciativa tem como foco reduzir os custos de produção do sector de mineração nacional.
Na reunião, Patrick Pouyanné apresentou ao Chefe de Estado angolano, João Lourenço, o novo director da Total Energies para Angola, Martin Defuntaines.
A história da Total em Angola iniciou-se em 1952-1953, quando recebeu a primeira concessão, nos "onshore" e "offshore", nas bacias do Kwanza e do Baixo Congo.
A companhia é a maior operadora petrolífera em Angola. O seu bloco mais produtivo é o 17, que é também o mais prolífico do país.